O pedido foi do Ministério Público, já que o delegado teria feito ameaças a promotores. “Ao saber da investigação, ele passou a adotar um comportamento bastante agressivo, fazendo ameaça aos promotores que ele imaginava que vinham conduzindo a investigação. Se fossem cumprir mandados de busca e apreensão na casa dele, ele faria o que fosse necessário e se precisasse matar alguém, ele mataria”, afirma o promotor de Justiça Gabriel Marson Junqueira.
Nivaldo Martins Coelho está em uma cadeia da capital desde a semana passada. Além de diretor da cadeia de Penápolis, ele também é o titular de Birigui (SP). O delegado é suspeito de cometer 22 crimes, enquanto era responsável pela Ciretran de Penápolis.
Segundo as investigações, Nivaldo autenticava documentos de veículos roubados e entregava para venda carros apreendidos, tudo mediante pagamento de propina, que poderia chegar até R$ 10 mil. O delegado também é acusado pelo Ministério Público por corrupção passiva, formação de quadrilha, violação de sigilo funcional e prevaricação, que é tirar vantagem do cargo para ganhar dinheiro.
Outras três pessoas também são investigadas, mas permanecem em liberdade, duas delas firmaram acordo de delação premiada com a promotoria. “Elas estão colaborando conosco, confirmaram tudo aquilo que havíamos concluído e estão trazendo dados novos, de novos veículos”, diz o promotor. O advogado do delegado não foi encontrado para comentar o assunto.
Fonte: g1.globo.com