Advogado condenado obtém habeas corpus

http://goo.gl/VSVKk1 | O Tribunal de Justiça concedeu, na tarde de ontem, habeas corpus para o advogado rio-pretense Sergio Antonio Fante, 62, que na madrugada de sexta-feira foi condenado a mais de sete anos de cadeia e deixou o fórum preso. Por ter curso superior, ele ficou em cela especial numa delegacia de Catanduva. A decisão que tirou Fante da cadeia tem duas páginas e é assinada pelo desembargador Cardoso Perpétuo. "Fica deferida a liminar, para o fim de conceder ao paciente o direito de aguardar o trânsito em julgado da sentença, ou recorrer em liberdade, devendo ser expedido o alvará de soltura", determina.

Para o desembargador, o advogado tem direito de recorrer em liberdade mesmo sendo reincidente e acumulando outras condenações porque respondeu à ação sem ser preso e compareceu a todos os atos processuais. "Oficie-se, com urgência, e requisitem-se informações da autoridade judiciária apontada como co-autora", afirma. Cardoso Perpétuo determinou, ainda, que o processo seja encaminhado à Procuradoria Geral do Estado, para eventual recurso. Segundo os advogados Luiz Carlos Bigs e Airton Jorge Sarchis, Fante deixou a cadeia ontem por volta das 16 horas após o juiz Caio Cesar Melluso assinar o alvará de soltura.

Entenda o caso 

O advogado foi julgado - e condenado - junto com os dois assassinos do cinegrafista Adriano Renato Sanches, morto a pauladas em julho de 2009, durante uma emboscada na estrada da Mata dos Macacos. A mandante do crime, Adriana Márcia Mesquita, que tinha um caso amoroso com a vítima, pegou 28 anos de cadeia e o acusado de executar o homicídio, Antonio Mota Paiva, 24 anos. Ambos estão presos.

Para os jurados, ficou provado que Fante praticou crime de tráfico de influência quando pediu dinheiro para os acusados prometendo interferir no andamento do inquérito policial, que era conduzido por uma equipe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Rio Preto, após o corpo de Adriano ser identificado seis meses depois de ser enterrado como indigente. Além disso, Fante também teria omitido o crime da família da vítima, após ter contato com a mãe do cinegrafista, mesmo sabendo detalhes do caso e não sendo advogado oficial dos suspeitos - hoje condenados.

Fonte: diarioweb.com.br
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