Advogado quer proibir imprensa do TJ de acompanhar audiências do caso Bernardo

http://goo.gl/fY7GVC | O defensor de Edelvânia Wirganovicz, uma das acusadas da morte do menino Bernardo, entrou com um mandado de segurança contra a presidência do Tribunal de Justiça (TJ-RS) para que não haja cobertura da imprensa do órgão em todos atos processuais sobre o caso. Edelvânia, amiga da madrasta do menino, está presa sob acusação de ter participado do assassinato, ocorrido em 4 de abril, na cidade de Frederico Westphalen (RS).

De acordo com a Zero Hora, nesta segunda-feira (15/12), o Órgão Especial do TJ, constituído de 25 desembargadores, julgará o mandado que pede também a exclusão de todo conteúdo publicado nos veículos de comunicação do Tribunal.

O presidente do Conselho de Comunicação do TJ, desembargador Túlio de Oliveira Martins, explica que o defensor Demetryus Grapiglia visa uma instrução e julgamento secreto, mas o direito brasileiro não permite a medida, somente em raras situações, como em crime sexual contra uma criança. "Os culpados são os assassinos, não os jornalistas", reforçou.

Os advogados dos réus já haviam tentado manter o processo em segredo de Justiça ou impedir o acesso de jornalistas nas audiências. Todos os pedidos foram negados. Para o defensor de Edelvânia, a divulgação de trechos dos depoimentos são "altamente prejudiciais".

"Começamos a ouvir as testemunhas de acusação e a imprensa divulgava o que as testemunhas tinham falado. Isso ia quebrando a incomunicabilidade das testemunhas, porque a que vinha já sabia tudo que a outra tinha dito. Notei que as subsequentes estavam falando a mesma coisa, até com termos técnicos. Isso prejudica todo processo", argumentou ele.

Fonte: portalimprensa.com.br
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