Na Justiça, mãe denuncia que filho foi torturado em centro de recuperação de menores

http://goo.gl/5AYqI3 | A costureira Maria de Fátima entrou na Justiça devido a supostas agressões sofridas pelo filho no antigo Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), em São Sebatião (DF), em 2013. Um processo foi aberto para investigar o caso.

Laudo médico comprovou que o adolescente foi vítima de agressões físicas. À época, três agente penitenciários foram afastados do trabalho.

O jovem teria sido agredido e torturado por agentes penitenciários. Segundo ela, o jovem levou chutes, socos no estômago e tapas no rosto.

— Um deles chamava o meu filho de lixo. Ele me dizia “mãe, vão me matar”. Ele estava machucado, com o olho ferido e um inchaço na cabeça.

A mãe do interno acredita que os agentes que trabalham nos centros de recuperação não são preparados para a função.

— Sou de pleno acordo que eles [os internos] paguem pelos erros que cometeram. Mas que paguem com dignidade. Eles estavam ali para bater, sem preparação nenhuma.

Denúncias e afastamentos

Em cartas escritas na presença de psicólogos, menores da unidade de internação de infratores de São Sebastião  afirmam que teriam sido tirados dos quartos durante a noite, levados para uma sala e apanhado de agentes da unidade. Um deles teria desmaiado ao ser enforcado. Na última terça-feira (18), um adolescente de 13 anos foi assassinado por um colega de alojamento.

Um total de 13 agentes e dois coordenadores, suspeitos de maus tratos, foram afastados da unidade de internação por 120 dias pela Secretaria da Criança, após determinação da Justiça. A Secretaria da Criança informa que apura as denúncias de maus tratos.

Segundo a Secretaria da Criança, atualmente 900 agentes trabalham nos seis socioeducativos, entre temporários e concursados. Dos 13 afastados na última denuncia, nenhum era efetivo. Em cartas, menores internos afirmam ter apanhado de agentes A suspeita é de que o descuido de alguns agentes do local tenha resultado na morte do jovem nesta semana.  Por orientação de psicólogos, o agressor deveria ter sido isolado dos outros adolescentes. Ele tem perfil violento e histórico de acusação de assassinatos.

No momento da agressão, apenas os dois estavam no alojamento porque o outro adolescente havia sido escalado para ajudar na entrega das refeições. Ao finalizar a distribuição dos lanches, o educador de plantão retornou ao quarto para deixar o terceiro adolescente e tomou conhecimento do fato pelo próprio autor da agressão, que confessou ter dado uma "gravata" no colega.

Fonte: noticias.r7.com

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