Professores dão dicas para a segunda fase da Fuvest e Unicamp

Passar na primeira fase do vestibular é aquela coisa: dá uma alegria danada, você fica todo orgulhoso e aliviado, mas a sensação dura bem pouco. A segunda fase pode ser mais desafiadora que a anterior, já que você está concorrendo com os mais bem preparados. Como lidar com isso? Veja as dicas de professores.

Natal e Ano-Novo: como lidar?

A palavra-chave aqui é equilíbrio. Não exagere na festança, mas também nada de ficar trancado a noite toda no quarto para estudar enquanto a sua família está comemorando. “As horas que o estudante passar com a família não vão atrapalhar sua aprovação”, afirma o professor Luis Ricardo Arruda, coordenador do cursinho Anglo Vestibulares.

Certo, mas como manter esse equilíbrio? Para ele, o segredo está em estabelecer horários: “Sem isso, o aluno não descansa nem estuda o suficiente”. Cada um sabe a rotina que tem, mas ele dá um exemplo: nos dias de festas, você pode estudar das 8h às 12h e, à tarde, mais uma ou duas horas. Depois disso, pode ir se divertir com a família e os amigos sem peso na consciência.

É coisa demais pra revisar! O que faço?

Obviamente, não vai dar tempo de estudar tudo nessas semanas que antecedem as provas. O ideal, então, é tentar formar quadros mais amplos das matérias. “O aluno não deve ficar preocupado com pequenos detalhes que não estudou. Ele deve pensar nos grandes conceitos: energia em física e gases em química, por exemplo”, afirma Arruda. Em humanas, são cobrados conceitos e ideias mais gerais. A prova de história da Fuvest é abrangente e geralmente cobra todos os períodos: antiga, média, moderna e contemporânea. O importante não é saber detalhes de uma revolução “x”, mas ter uma boa compreensão dos momentos históricos. Sem decoreba. Em relação às obras literárias, agora é a hora de ampliar a compreensão dos enredos e do papel dos principais personagens nas tramas.

As provas vão cobrar atualidades? 

É muito provável que sim. “Houve um tempo em que as questões de geografia basicamente só abordavam os aspectos humanos da matéria, mas isso mudou. Hoje, os candidatos também precisam saber ler mapas, tabelas e gráficos e estar por dentro dos grandes temas atuais”, diz o professor Arruda. “A Fuvest costuma ter uma questão que envolva atualidades no segundo dia e outra no terceiro, para quem vai ter geografia. A Unicamp faz algo parecido”, completa Vagner.
Para se informar, a dica é procurar as edições do GUIA DO ESTUDANTE – Atualidades e buscar textos que ajudem você a entender os temas de uma forma mais ampla (seguindo o que aconselhamos no tópico anterior). Segundo os professores, é bom ficar ligado nos seguintes assuntos:

- Migração

- A questão da Crimeia

- O Estado Islâmico

- O conflito entre Israel e Palestina

- Ebola

- Cuba (a retomada das relações entre EUA e Cuba é recente demais para cair na prova, mas a relação da ilha com o Brasil, fortalecida com a construção do Porto de Mariel e o programa Mais Médicos, pode aparecer; de qualquer forma, é importante ter uma visão geral da situação do país)

- Hidrografia do Brasil e crise hídrica

Como saber quanta informação eles querem de mim?

Questões analítico-expositivas costumam gerar ansiedade por causa da relativa liberdade que se dá: qual deve ser o tamanho da resposta? E se eu escrever menos do que eles esperam? E se eu escrever mais do que pediram e acabar cometendo algum deslize? Para o professor de geografia do Anglo, Vagner Augusto da Silva, três passos são necessários para uma boa resposta: o primeiro é identificar o tema da pergunta. Assim, você não corre o risco de falar de coisas que não têm nada a ver e fugir do objetivo da pergunta.

Em seguida, identifique o comando da questão, que pode ser ‘cite’, ‘explique’, ‘analise’ etc. “Cada um deles implica um grau, uma especificidade da informação que se deve fornecer”, completa. Só então é que o aluno deve organizar sua resposta, procurando ser o mais direto possível. Isso pode ser feito colocando-se as coisas mais importantes no começo da resposta e as menos relevantes no final, caso dê tempo. “Nada de colocar informações adicionais só para mostrar que sabe do assunto. Uma resposta enxuta basta”, explica. Segundo ele, os corretores têm um gabarito contendo os tópicos básicos esperados na resposta e, assim que os identificam, valida a questão. Ou seja, colocar dados a mais não vai dar mais pontos ao candidato.

Fonte: guiadoestudante.abril.com.br

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