http://goo.gl/t35NUE | O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, no dia 24 de março, pela aposentadoria compulsória do juiz Ari Ferreira de Queiroz. O principal argumento usado foi de que o magistrado teria beneficiado o cartorário Maurício Sampaio em processo que apura irregularidades no cartório do empresário.
Ao contrário do que geralmente acontece, a decisão foi tomada em tempo recorde. Outro fato que chama a atenção é de que a imprensa, ao meu entender, influenciou de forma negativa neste caso em questão. Alguns jornalistas e veículos de comunicação divulgaram uma série de supostas irregularidades que não foram provadas e comprovadas no campo jurídico.
Tal fato me fez recordar do “Caso Escola Base de São Paulo”. Em meados da década de 1990, donos de uma escola e um motorista foram acusados pela mídia de drogar e estuprar crianças. O estardalhaço da imprensa acabou com a vida dos três. Motivada pelas manchetes de jornais, a população depredou a escola e os condenou sem nenhuma preocupação.
Quando os três suspeitos tiveram a oportunidade de apresentar suas respectivas defesas, a Justiça analisou cada detalhe, checou o inquérito, observou as supostas denúncias e ao final do processo entendeu que todos eram inocentes.
Pouco tempo depois, a maior emissora de televisão do Brasil foi condenada a pagar R$ 1,35 milhão de indenizações por danos morais aos três atingidos pela espada cega daqueles que fazem tudo e um pouco mais para vender informação.
A decisão do Conselho Nacional de Justiça, que obriga Ari de Queiroz a aposentar-se compulsoriamente, pode ser revista pelo STF, mas se isso não acontecer, Goiás perde um magistrado reconhecido nacionalmente pelo seu trabalho. Do outro lado, alguns profissionais e veículos de comunicação vão pendurar mais uma vítima em suas prateleiras marrons.
Por Juliano Moreira
Fonte: dm.com.br
Ao contrário do que geralmente acontece, a decisão foi tomada em tempo recorde. Outro fato que chama a atenção é de que a imprensa, ao meu entender, influenciou de forma negativa neste caso em questão. Alguns jornalistas e veículos de comunicação divulgaram uma série de supostas irregularidades que não foram provadas e comprovadas no campo jurídico.
Tal fato me fez recordar do “Caso Escola Base de São Paulo”. Em meados da década de 1990, donos de uma escola e um motorista foram acusados pela mídia de drogar e estuprar crianças. O estardalhaço da imprensa acabou com a vida dos três. Motivada pelas manchetes de jornais, a população depredou a escola e os condenou sem nenhuma preocupação.
Quando os três suspeitos tiveram a oportunidade de apresentar suas respectivas defesas, a Justiça analisou cada detalhe, checou o inquérito, observou as supostas denúncias e ao final do processo entendeu que todos eram inocentes.
Pouco tempo depois, a maior emissora de televisão do Brasil foi condenada a pagar R$ 1,35 milhão de indenizações por danos morais aos três atingidos pela espada cega daqueles que fazem tudo e um pouco mais para vender informação.
A decisão do Conselho Nacional de Justiça, que obriga Ari de Queiroz a aposentar-se compulsoriamente, pode ser revista pelo STF, mas se isso não acontecer, Goiás perde um magistrado reconhecido nacionalmente pelo seu trabalho. Do outro lado, alguns profissionais e veículos de comunicação vão pendurar mais uma vítima em suas prateleiras marrons.
Por Juliano Moreira
Fonte: dm.com.br
