Feed mikle

Casal entra na Justiça após bebê morrer durante o parto em Hospital Modelo em São Paulo

http://goo.gl/Ck2z9p | Um casal que perdeu um bebê durante o parto acusa o Hospital Modelo de Cubatão (SP) de negligência médica. Essa foi a segunda vez que a família enfrentou um problema como esse, na mesma unidade. Em 2013, outro filho do casal veio a óbito no local, após passar 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. O casal decidiu entrar na Justiça para que caso não volte a acontecer na cidade.

Juliana Araújo Leite, de 21 anos, estava grávida de 36 semanas e a previsão era de que o bebê nascesse em julho deste ano. No entanto, a jovem sentiu fortes dores e se dirigiu ao hospital, mas em todas as consultas, foi informada que ela e o bebê estavam bem, e não apresentavam nenhum diagnóstico contrário.

No dia 8 de julho, o marido, Marcelo Souza Rodrigues, de 29 anos, levou a esposa novamente ao hospital, pois as dores estavam contínuas. Ao ser medicada, foi constatado que Juliana estava com infecção urinária. O médico receitou um remédio e ela foi liberada em seguida. No dia 12 de julho, a jovem foi internada para ter o bebê. “Eles demoraram duas horas para realizar o parto, e quando decidiram fazer, me deram a notícia de que meu filho estava morto”, relata Marcelo.

Ainda segundo o marido, o parto foi normal, apesar do casal ter pedido uma cesariana. “Pedimos diversas vezes para fazer cesárea, mas eles não se prontificaram”, conta. Essa foi a segunda vez que o casal passou por esse tipo de problema, na mesma unidade. Em novembro de 2013, Juliana deu à luz a uma criança, que por nascer de sete meses, precisou ficar durante 11 dias na UTI.  “Lembro que, quando perdemos nosso primeiro filho, um dia antes dele receber alta, o médico me informou que ele estava bem, sem nenhuma patologia”, explica.

Marcelo está indignado com a quantidade de casos registrados no hospital e espera que a justiça seja feita. Ele acionou a Polícia Civil, aguarda os resultados do Instituto Médico Legal (IML) e espera a conclusão do inquérito, para tomar as decisões cabíveis. “Estamos todos tristes e arrasados. A minha família não teve nenhum amparo do hospital, nem a minha esposa teve apoio de um psicólogo”, finaliza Marcelo.



Em nota, o Hospital Modelo de Cubatão informa que, para o caso de Juliana Araújo Leite, já foi concluída uma análise do primeiro bebê morto, cujo laudo isentou o hospital de qualquer responsabilidade. Em relação ao segundo caso, ainda não foi concluída a análise. A direção da unidade afirma que há alguns equívocos nas informações prestadas pela família, e que a mãe não estava com uma gestação normal. A paciente apresentava a Doença Hipertensiva da Gravidez e vinha sendo monitorada diariamente pela equipe, mas apresentou infecção urinária. Nos dias anteriores ao parto, foram realizados exames para monitorar o feto, que estava bem. Devido, provavelmente, às doenças citadas, a paciente apresentou, no dia 12 de julho, uma complicação gravíssima chamada Descolamento Prematuro da Placenta, que quando ocorre pode levar ao óbito fetal em minutos. Mesmo assim, a equipe de ginecologia-obstetrícia do hospital fez o diagnóstico por meio de outra cardiotocografia, e realizou uma cesariana de urgência, mas não foi possível salvar o feto. Com relação ao caso de 2013, quando a paciente foi internada com gestação de 30 semanas, também com Descolamento Prematuro de Placenta, ela foi submetida a uma cesariana de urgência, também com óbito fetal. Portanto, esta  gestação era mais prematura que a de 2015. A direção do hospital reitera que não houve falha no atendimento.

Fonte: G1
Anterior Próxima