Alimentação apropriada: Anã mãe de trigêmeos busca leite para filhos na Justiça: 'Está difícil'

http://goo.gl/b9CoiV | Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, briga na Justiça para receber alimentação apropriada para suas três filhas. Maria Dulcinéia da Silva é anã, tem 1,20 metro de altura, e deu à luz a trigêmeas, em abril de 2014.

De acordo com a mãe de Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Heloísa, o leite especial, que é fornecido pela administração municipal, deixou de ser entregue no fim de julho. "Um joga para um, que joga para o outro. A secretaria de Saúde jogou para a de Ação Social. Disseram que a criança está comendo bem e elas realmente estão. Mas, quando as crianças não estão na creche, elas precisam de leite. Está muito difícil conseguir", afirma Dulcinéia, que não tem a visão do olho direito.

A Vara da Infância e Juventude do município intimou a prefeitura a entregar uma lata por dia para Maria Dulcinéia, sendo que o fornecimento só pode ser interrompido com um laudo médico.

Em contrapartida, a Prefeitura de Guarujá afirma que as crianças passaram pela Unidade de Saúde Vila Baiana e a pediatra da unidade afirmou que as crianças estão bem de saúde e podem tomar o leite que é distribuído de graça pelo Governo do Estado.

A unidade de ensino no qual as crianças estudam informou que elas não apresentam reação ao leite que é distribuído na creche. A administração municipal vai recorrer da decisão.

Gestação

As meninas nasceram em Natal, no Rio Grande do Norte, prematuras, no dia 2 de abril de 2014. Maria Helena tinha 1,090 kg; Maria Eduarda, 1,066 kg; e Maria Heloíse, 1,111 kg.

A médica Patrícia Fonseca Bezerra, que realizou  o parto, explicou que Dulcinéia estava com desconforto respiratório e os bebês deixaram de adquirir peso, por isso o parto foi feito antecipadamente. "Por causa do volume do útero houve diminuição da capacidade de expansão pulmonar materna, que significa que a mãe estava com dificuldades para respirar. Além disso, os bebês deixaram de adquirir peso e foi necessária a intervenção", disse à época.

Uma das meninas, Maria Helena ficou completamente cega depois do nascimento. A retinopatia da prematuridade atinge bebês prematuros ou com baixo peso ao nascimento. "Agora, estamos tentando procurar um transplante de retina para resolver essa situação", explicou Maria Dulcinéia.

Fonte: G1

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