Júri de Elize tem bate-boca entre advogados e 'pito' de juiz: 'Isso aqui parece uma feira!'

goo.gl/ew4qW0 | O quinto dia de julgamento de Elize Matsunaga foi marcado por bate-boca entre acusação e defesa, durante depoimento de mais de nove horas do médico-legista Sami Jundi, principal testemunha da defesa da ré confessa pela morte de seu marido, Marcos Matsunaga.

Jundi afirmou nesta sexta-feira (2) que o tiro que atingiu a cabeça de Marcos causou morte instantânea. A afirmação contradiz a versão da acusação, que defende que a degola provocou a morte. O depoimento começou às 10h e terminou por volta das 21h.

Após a defesa encerrar as perguntas ao médico legista, o advogado Luiz Flávio D'urso, assistente de acusação, pediu que juiz registrasse em ata o protesto dele contra expressões usadas por Sami e pediu uma cópia integral do depoimento da testemunha para encaminhar ao Conselho Regional de Medicina para análise.

D'Urso alega que expressões como "só se o ânus da vítima estivesse em outro lugar" e "se não for sangue poderia ser ketchup" foram desrespeitosas.

A defesa da ré rebateu dizendo que a acusação estava tentando intimidar a testemunha e iniciou um conflito entre as partes. O assistente de acusação pediu respeito e disse que processaria o advogado de Elize, Luciano Santoro.

D'Urso disse ainda que entraria contra processo contra a testemunha em nome da família da vítima e sua memória. O juiz Adilson Paucoski mandou que parassem: "Isso aqui parece uma feira", exclamou.

O advogado de defesa de Elize Matsunaga, Luciano Santoro, disse que depoimento de legista nesta sexta-feira comprova que Marcos morreu em decorrência de tiro e já estava sem vida quando foi decapitado pela esposa.

Ainda na noite desta sexta-feira foram ouvidos dois colegas de faculdade de direito de Elize. Tânia Aparecida Esteves disse que, em maio de 2012, Elise pediu a indicação de um advogado e insistiu no contato de Luciano Santoro, que foi professor delas na faculdade e hoje é o advogado de defesa de Elise. Ela afirmou que não questionou e nem estranhou o fato da amiga pedir a indicação de um criminalista já que só tinha dito qhe queria se separar.

Em seguida, José Américo Machado afirmou que o marido de Elize era ciumento. "Ela deixou claro que tinha um relacionamento com alguém e esse alguém era uma pessoa ciumenta. Não poderíamos trocar nem telefones", disse.

O promotor José Cosenzo afirmou que os legistas que participaram do júri deixaram claro que a vítima morreu após ter o pescoço cortado por Elize.

Atualizado 10h da manhã

Por Gabriela Gonçalves, Paulo Toledo Piza, Kleber Tomaz e Will Soares, G1 São Paulo
Fonte: G1

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