Vida difícil: nasci na cadeia, nunca vi lá fora. Menina de 11 anos em prisão perpétua

goo.gl/18Kkmp | A vida de uma criança deve ser sempre de alegria e felicidades, onde a preocupação com o futuro é um problema que não está na lista de prioridades. Não no caso de uma pequena menina de 11 anos de idade que nasceu na cadeia e vive lá até hoje, sem nunca se quer ter saído do interior dos muros que a cercam.

Junto com ela, nesses longos anos de cadeia, está a sua mãe, responsável pela prisão perpétua das duas. Elas são afegãs, um país localizado no Oriente Médio que tem leis e costumes religiosos bastante rígidos. Meena, a pequena menina é filha de Shirin Gul, uma serial killer condenada à prisão perpétua, em Jalalabad.

As duas deram uma entrevista para um repórter da televisão local.

Durante a entrevista, Gul, a mãe, se mostrou bastante séria, irônica e ríspida. Quando perguntada sobre o que a menina sentia, a mãe respondeu de forma irônica: "O que você acha, isso é uma prisão." Gul tem tatuagens em seu corpo, o que fere os princípios religiosos dos afegãos. A pequena Meena nasceu na cadeia, foi ali amamentada, teve doenças comuns da infância no local. Enfim, tudo dentro dos muros do presídio.

Costumes do país

A situação de Meena não é a única do Afeganistão. Na cadeia onde ela está outras crianças estão presas com suas mães. A diferença mais gritante é que nenhuma outra teve um tempo de pena tão grande como a pequena, prisão perpétua. Ao ser indagada sobre seus sonhos, Meena disse que sonha em sair da cadeia, mas não sairá de lá sem sua mãe, a criminosa Gul.

A prisão oferece uma hora de aula por dia para todas as crianças que ali estão. Meena, apesar de ter 11 anos de idade, ainda cursa a segunda série. A prisão tem um grande pátio, com sombras de amoreira, onde as crianças podem correr e brincar. Existe ainda um balanço enferrujado para as crianças.

O crime é chocante

Gul afirma de forma veemente que nunca cometeu nenhum crime. Ela foi condenada junto com seu marido, filho, cunhado, tio e sobrinho. A família do crime foi acusada de 27 assassinatos de homens afegãos entre 2001 e 2004. Segundo a promotoria do país, Gul trabalhava como prostituta, levava para sua casa homens interessados em seus serviços.

Chegando ao local, a mulher ofertava kebabs (comida típica local, parecido com um quibe). Os kebabs eram alterados com drogas. Após a droga fazer efeito, os comparsas da mulher matavam os homens, que eram assaltados e enterrados no quintal da família criminosa. Todos foram condenados a morte, já foram enforcados. Gul escapou do pena capital porque descobriu que estava grávida no corredor da morte.

Por E. A. Monteiro
Fonte: br.blastingnews.com

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