A Advocacia disruptiva respeitando o passado no ritmo e tempo que você quer!

goo.gl/6QqjrA | Houvera uma época em que a internet era um “presente fora de época”, um “presente chinês”. Era impossível saber que o google (antes inexistente) seria a nossa biblioteca mundial, pois o limite era a da faculdade/universidade.

Teve uma época em que as audiências ocorriam em 2, 3, 4, 5 horas, pois as pautas eram mais enxutas e havia mais tempo a ser dedicado ao referido ato processual. Hoje, caminhamos para a audiência virtual e, talvez, um futuro não muito longínquo, a holográfica.

Tinha uma época em que o atendimento do cliente ou assistido era 100% presencial em 2, 3 vezes, momentos em que os beneficiários apresentavam os documentos físicos e complementares. Hoje, o contato preliminar via whatsapp é primordial, rápido, eficaz e objetivo.

Experimentei uma época em que, o estagiário que não estivesse usando a gravata, na prática, quase não era atendido nos cartórios. Isto era ruim? Não. Pois existia uma postura comportamental de acordo com a época. Hoje, é muito comum ver pessoas, estagiários, Advogados usando jeans, com camisa social, sem o padrão do uso da gravata.

Vivenciei uma época em que os estagiários escolhiam os estágios e a bolsa auxílio quantificada em salário mínimo. Existiam os estagiários dos estagiários e que faziam de tudo um pouco: audiência, petição, pesquisavam as Fontes do Direito, atendiam os clientes, conversavam com o Juiz, carregavam processos etc. Hoje, os escritórios estão mais enxutos, o processo e a sua tramitação é virtual, a maior fonte do Direito é a Jurisprudência, principalmente do STF e STJ. Hoje, os Estagiários ainda são necessários, pois, sendo bem ouvidos e orientados, são uma fonte inesgotável de criatividade e o “termômetro” da tecnologia atual.

Tinha uma época...

Essa época passou.

Hoje, o mundo é digital, realidade inegável que avança.

Hoje, no mundo, está fervilhando a inteligência artificial que avança.

Em 2017, o robô, Sofia, ganhou a cidadania na Arábia Saudita.

Segundo Luis Rasquilha, “cientista da busca do conhecimento humano”, na sua matéria, podcast, que pode ser captada no site da CBN, no canal Profissional do futuro, sob o título “Profissional precisa assumir o controle da própria carreira” ; assim declara: “Se você não criar o seu futuro, alguém pode criar um futuro para você e você pode não gostar”.

O que serão das carreiras jurídicas?

Reflexão...

Determinados grupos de Advogados ainda propagam a ideia do controle do marketing jurídico. Este comportamento é eficaz e ajuda a classe? Será que estão perdendo tempo com assuntos de menor importância? Acredito que a primeira resposta é não e a segunda, é sim.

Acredito que, para a Advocacia sempre evoluir, temos que avançar na consciência profissional inserida na realidade da sociedade contemporânea (será que ainda é contemporânea? talvez não), no mundo tecnológico de hoje e do amanhã, da hora, do minuto e segundo seguinte.

Acredito que o Advogado não pode mais ficar restrito ao conhecimento jurídico. Por que o Advogado dita o Juridiquês para uma pessoa que só tem o 1º grau, pega o transporte público todos os dias, acessa, sem critérios, as informações via whatsapp, que acredita que o homem nunca foi a lua, mas usa o tênis de última geração fruto da era espacial? Por que fazer entrevista com um cliente de 18 (dezoito) anos sem nunca, ao menos, ter tido contato prévio com os seus familiares (do próprio Advogado) da nova geração para, pelo menos, conseguir manter uma comunicação sem pré-conceitos do tipo, “menino, tenho 20 (vinte) anos de experiência, logo não esta vendo que isto não vai da certo”? Não querer, ao menos, ouvir o outro e/ou novo (sem o foco destes), é uma atitude “imprudente” e avessa à era de mudanças.

Não existe mais o cliente 100% indicado. O cliente pesquisa na internet o seu problema e, diretamente, os caminhos para a solução, ou seja, quer resultados. O cliente não quer saber como estes irão chegar. Por quê? Será que pensa que não tem tempo para ler, ouvir, assistir, analisar, estudar, sintetizar e definir? Ele é ávido por informação concreta para resolver o seu problema. O cliente é o reflexo da sociedade atual, não quer perder tempo e quer avançar.

Portanto, acredito que, para uma Advocacia presente e atuante no amanhã, tem que haver a interação recíproca dessa com a sociedade permeada de tecnologias disruptivas, ou seja, o Advogado tem que ser, também, disruptivo (com o foco do cliente) sob o risco de, se não se adaptar à dinâmica desta atual e futura realidade social e tecnológica, somente será citado nos e-books dos livros de história.

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Alan Dias, Advogado domiciliado em Salvador - Bahia
Advogado especialista em Direito Civil e com o foco da pessoa
Deve-se ter o foco do Ser Humano, pois este é o destinatário final do Direito. Contatos: e-mail - alandiasadv@gmail.com, tel.71-26265246, cel. 71- 988533593 WhatsApp - 7188533593.
Fonte: Jus Brasil

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