Função típica dos Estagiários substituída por tecnologia e colaboração – App Fór1

goo.gl/xiwhNj | Um em cada quatro empregos conhecidos hoje deverá ser substituído por softwares e robôs até 2025 — e há quem aposte numa proporção ainda maior. O fato é que a tecnologia ameaça não apenas trabalhos braçais, mecânicos e técnicos, mas também profissionais de carreiras tradicionais como medicina, jornalismo, engenharia e, agora, Direito.

As Universidades devem preparar os acadêmicos de direito para a realidade do mercado, uma vez que a cada dia surgem novas tecnologias que substituem o trabalho tradicionalmente desenvolvido pelos estagiários e advogados recém-formados.

Até meados dos anos 2.000, os escritórios de advocacia contratavam estagiários para basicamente realizar diligências como tirar cópia de processos no fórum. Esse trabalho era realizado de forma onerosa e morosa, sendo que a função do estagiário consistia basicamente em se deslocar até ao fórum. Os autos então eram retirados em carga e levados fisicamente até alguma sala da OAB para se tirar xerox, ou muitas das vezes, retornava-se ao escritório para copiá-lo e posteriormente devolvê-lo no cartório.

Com a chegada dos Smartfones, esse procedimento já se tornou mais célere, sendo necessário apenas um deslocamento até o fórum, onde no balcão do cartório são tiradas fotos dos autos e posteriormente é gerado um arquivo digital desse conteúdo.

Com o advento do processo judicial eletrônico em 2006, percebemos que, gradativamente, tanto os Tribunais Superiores, Conselho Nacional de Justiça, Tribunais Federais, quanto a Justiça do Trabalho e Tribunais de Justiça dos Estados brasileiros vêm buscando normatizar o processo judicial eletrônico e implementá-lo de forma definitiva em seu âmbito interno. Além disso, é notório que as transformações acontecem não só para o Poder Judiciário, mas também para todos os atores processuais, tais como: juízes, Ministério Público, advogados, partes, servidores, etc., que passam a adaptar suas rotinas ao novo perfil do processo judicial no Brasil.

Com sua implantação, a justiça brasileira vem conseguindo reduzir custos (com a significativa economia de papel); ganhar tempo (com a otimização da rotina dos servidores); minimizar a morosidade da prestação jurisdicional; trazer comodidade para todos os figurantes processuais; garantir a publicidade dos processos, etc.
Com efeito, o processo físico, estima-se que 80 milhões ainda tramitam no judiciário em papel, sendo recorrente ainda a utilização de estagiários para realização de diligências para realização de cópias. No entanto isso tende a acabar de vez com o avanço da tecnologia de auxílio, a fim de que estagiários e novos advogados possam dispor de seu tempo para focar em atividades mais complexas e que dependem de raciocínio jurídico.

No intuito de suprir essa necessidade ainda recorrente, foi lançado durante a exposição LawTech 2018 em São Paulo o aplicativo Fór1 - Diligências Inteligentes, trazendo uma solução inovadora e eficiente que visa especificamente minimizar o desperdício de tempo, tirando advogados e estagiários do trânsito e dos balcões dos cartórios e focando em atividades mais produtivas. O uso de tecnologia aliado à economia de colaboração produz a solução ideal para quem precisa resolver uma necessidade imediata de forma ágil, segura e a baixo custo para realização de diligência de cópias de processos.  Trata-se de notória otimização de tempo e por consequência de resultados.

A ideia funciona a partir da mesma premissa dos grandes e famosos aplicativos de transportes que desbancaram os táxis: a colaboração. Basta o Advogado ou o escritório de advocacia informar os dados do processo, as páginas que precisa e um prazo para entrega; do outro lado, um dos correspondentes, agentes credenciados, e já nas proximidades do fórum de destino aceita o pedido, tira fotos das páginas solicitadas, e finaliza o atendimento. No sistema é gerado um arquivo em PDF que pode ser baixado no celular, e também é encaminhado por e-mail. O solicitante paga por pedido, diretamente no aplicativo, através de um cartão de crédito. Veja o passo a passo.

Como o Fór1 funciona?


PASSO 1 – O usuário abre o app, insere os dados do processo, o prazo para retorno e as páginas que deseja obter cópia, confirma e então sua solicitação é aberta.
PASSO 2 – O app encontra o correspondente/agente para o usuário. O correspondente que estiver mais próximo da unidade judiciária, (fórum), onde o processo se encontra fisicamente, é notificado e aceita a solicitação, iniciando assim o atendimento.
PASSO 3 – O correspondente/agente vai até́ a Unidade Judiciária (fórum/vara) onde o processo encontra-se, e pelo próprio app no celular tira fotos das páginas solicitadas, confere a legibilidade e finaliza a diligência.
PASSO 4 – O usuário solicitante recebe a notificação do encerramento da diligência, visualiza previamente as cópias enviadas e encerra a solicitação. O app automaticamente disponibiliza as cópias em arquivos em formato pdf que fica disponível para ser baixado no próprio app e ainda encaminha este arquivo por e-mail.

O aplicativo não cobra mensalidades e o download é gratuito, assim, o advogado paga apenas por solicitação. O valor para pedidos realizados na mesma comarca que o solicitante se encontra é de R$ 25,00 por solicitação contendo até́ 50 páginas, havendo páginas adicionais é cobrado o valor de R$ 0,25 por página adicional. Se a solicitação for para unidade judiciária distinta da comarca onde o solicitante se encontra, o valor por solicitação é de R$50,00, permanecendo o mesmo valor para as páginas adicionais.

Por sua vez, o correspondente/agente que atende a solicitação recebe uma quantia correspondente a 50% do valor final da diligência realizada, que é creditada em um cartão de crédito, “HELPIE CARD” que o mesmo recebe na semana após a sua aprovação do cadastro de correspondentes, podendo realizar saques, e utilizar os recebíveis na função débito em qualquer maquininha de cartão.

Diante de todo o exposto, resta-nos reconhecer a importância que a tecnologia vem ganhando na advocacia, e somos testemunhas de que muito se tem avançado, refletindo no desempenho dos estagiários para atividades menos mecânicas e mais intelectuais e produtivas.

Por Pedro Vale Oliveira
Fonte: VALE & ABDUL AHAD - ADVOGADOS
Site: www.ova.adv.br

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