Advogada relata seu apego às armas por tradição, esporte e segurança

goo.gl/G8JjJ2 | Bárbara Barroso não esconde o entusiasmo ao chegar ao clube de tiro que frequenta, no centro do Rio de Janeiro, para finalmente testar a espingarda que acabou de chegar.

Esta advogada de 39 anos teve que esperar seis meses para poder retirar a arma da loja, depois de ter feito feito longos e custosos trâmites impostos pela atual legislação ao porte de armas de fogo.

Chegado o momento, ela põe um boné sobre os cabelos castanhos e mira: o disparo é ensurdecedor e o projétil acerta em cheio o centro do alvo de papel.

“Levo jeito para atirar. Comecei a atirar porque meu bisavô era delegado, ensinou toda minha família a atirar”, explica esta frequentadora assídua do Clube de Tiro Colt 45.

“Então, tenho esse histórico de armas na família e resolvi fazer curso para aprender a me defender porque sou uma mulher sozinha”, continua.

Bárbara possui duas pistolas Glock calibre .380 e comprou também outra espingarda, que só poderá retirar daqui a seis meses.

A legislação em vigor a obriga a manter seu pequeno arsenal guardado em um cofre e só pode tirá-lo de casa para frequentar o clube de tiro.

“Se ouvir um barulho, não vou correr. Mas se chutarem minha porta ou ouvir o cachorro latindo, daria tempo, talvez bem municiada [para atirar], só para ameaçar mesmo” um invasor, afirma.

Em caso de necessidade, “usaria provavelmente a pistola, a não ser que chegassem vários homens em casa, [aí] seria seria bom pegar a espingarda”.

“Uma pistola 38 não é tão destrutiva. Para uma pessoa, seria a melhor opção do que uma espingarda, que vai abrir um buraco enorme na pessoa”, explica.

“Mas não pretendo usar, espero que nunca aconteça isso. Meu objetivo não é esse”, esclarece.

Ela avalia favoravelmente a chegada à Presidência do ultradireitista Jair Bolsonaro, que prometeu na campanha facilitar o acesso às armas para os “cidadãos de bem”.

Mas ao contrário do presidente eleito, ela não acredita que uma circulação maior de armas legalizadas vá necessariamente levar a uma diminuição da violência.

“Se estou armada e vejo alguém sendo assaltado, se puxar a arma para alvejar o bandido, o que acontece se eu errar, se [o tiro] pegar numa pessoa inocente, entrar numa casa?”, preocupa-se.

“Jamais puxaria arma para alvejar alguém que está tentando roubar iPhone na rua. Acho que tem Polícia pra isso e a Polícia tem que ser melhor treinada. Tem que ter mais policiais na rua; o cidadão de bem não pode fazer o trabalho da Polícia”, destaca.

AFP
Fonte: istoe.com.br

1/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

  1. Creio que na parte “Uma pistola 38 não é tão destrutiva..." está errada, pois não há pistola calibre 38, apenas revólveres. Deveria ser ou Revólver 38 ou Pistola calibre .380.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Agradecemos pelo seu comentário!

Anterior Próxima