Mulher será indenizada após banco cobrar dívida por financiamento feito com assinatura falsa

goo.gl/ut2YE5 | Uma moradora de Cuiabá deverá ser indenizada em R$ 8 mil, acrescidos de juros e correções, por ter ficado mais de cinco anos com o nome negativado por uma dívida que não contraiu. Isso porque ela teve a assinatura falsificada “grosseiramente” por outra pessoa, para conseguir o financiamento de uma caminhonete em um banco. A decisão é do dia 22 de fevereiro, assinada pela juíza Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, da 4ª Vara Cível de Cuiabá.

Conforme a ação, a mulher procurou a Justiça depois que tomou conhecimento de que seu nome estava com restrições devido a um contrato de financiamento de um veículo Ford, modelo F250, ano 2001, que não havia sido cumprido. No entanto, segundo alegou em juízo, ela nunca teria assinado qualquer documento com o banco envolvido.

Por não reconhecer o compromisso, na época, a mulher chegou a pedir uma medida cautelar de exibição de documentos para ver de que contrato se tratava a dívida. A ação levou cinco anos até que, por fim, ela conseguiu ter acesso ao contrato fraudulento. Segundo ela observou no processo, bastava uma simples conferida nos seus documentos pessoas para que o banco percebesse que não era sua assinatura no documento. Ainda assim, não houve acordo.

Quando a 4ª Vara intimou as partes para especificação de prova, a mulher pediu uma perícia grafotécnica, isto é, uma análise na assinatura do documento. O banco, por sua vez, não se manifestou sobre o pedido. Ao longo do processo, a empresa apenas alegou que “mantém contrato de abertura de conta corrente, com cartões de débito e crédito” com a mulher.

“Verifica-se da cópia do referido contrato juntado com a inicial pela autora, que a falsificação da assinatura da autora é grosseira, pois totalmente divergente da assinatura constante de seus documentos pessoais[…] Sendo incontroverso que a autora foi vítima de um contrato fraudulento de financiamento de veículo, merece acolhimento o pedido declaratório de inexistência de relação jurídica”, observou a magistrada.

Ao fixar a indenização por danos morais em R$ 8 mil, a juíza considerou que ter sido surpreendida com a dívida, e o processo ter se prolongado por anos, “causam abalo psicológico e angústia, pois por todos estes anos a autora tem contra si um débito junto ao banco réu que não é devido”.

Além da indenização, o banco também deverá pagar juros de mora de 1% ao mês sobre o valor da condenação e corrigir o valor pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). As datas passam a valer a partir da citação da sentença, já que a mulher não soube informar quando aconteceu a inserção de dados indevida e nem quando tomou conhecimento da existência do débito.

Apesar da condenação, o banco ainda pode recorrer junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Camilla Zeni
camilla.zeni@olivre.com.br
Fonte: www.olivre.com.br

2/Comentários

Agradecemos pelo seu comentário!

  1. This article is about fake signature. It's an interesting information. These types or article is really helpful for us. Now it's time to avail shutters in birmingham for more information.

    ResponderExcluir
  2. Thank you for your insightful and well-written article about Woman will be compensated after bank charges debt for financing made with false signature . Your dedication to creating valuable content is truly commendable. Your blog is a source of inspiration and knowledge, and I'm constantly eager to read more. Keep up the great work Hunterdon County reckless driving attorney Hunterdon County reckless driving lawyer

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Agradecemos pelo seu comentário!

Anterior Próxima