Em seu auto, após concluir a investigação do caso, o juiz da Audiência Nacional (principal instância criminal) considera que o beijo à atacante espanhola "não foi consensual e foi uma iniciativa unilateral e de surpresa". A informação foi divulgada pela Audiência em um comunicado.
O juiz de Jorge também propõe julgar o ex-técnico feminino Jorge Vilda, o diretor esportivo da seleção masculina, Albert Luque, e o ex-gerente de marketing da RFEF Rubén Rivera pelas posteriores pressões recebidas por Hermoso.
O magistrado considera que há indícios de uma ação dos três, combinada com Rubiales, para "quebrar a vontade" da jogadora e "fazer com que ela concordasse em gravar um vídeo em que dizia que o beijo havia sido consentido".
O juiz encerra assim a investigação do caso após a denúncia apresentada pelas jogadoras em setembro. O beijo que Rubiales deu em Hermoso ocorreu durante a cerimônia de entrega de medalhas na Copa do Mundo da Austrália, vencida pela Espanha.
No dia 2 de janeiro, o juiz recebeu o depoimento de Hermoso. A atleta reiterou que o beijo foi "inesperado" e "em nenhum momento consensual", segundo fontes judiciais informadas na época.
A jogadora afirmou ainda que sofreu "assédio constante" por parte de Rubiales e de seu entorno nos dias que se seguiram. Isso teria "alterado sua vida normal, fazendo-a sentir-se nervosa e triste", segundo a mesma fonte. O juiz também ouviu o ex-presidente, que defendeu perante o magistrado que o beijo foi consentido.
Fonte: espn.com.br