Deputado sobre nudez na Furg: “Não sou obrigado a ver sovaco de mulher e banha”

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Via @metropoles | A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados se tornou, na manhã desta quarta-feira (20/3), palco de manifestações de bolsonaristas contra o evento com estudantes nus na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul. A atividade ocorreu no início de março.

Em discurso sobre o tema, o deputado Capitão Alden (PL-BA) afirmou que “ninguém é obrigado a ver sovaco de mulher” e “banha”. Ele criticou pessoas que têm defendido a tese de que a atividade era uma “representação artística”.

“Muitos falam que é representação artística, cultural. Não sei que coisa é essa, que doença é essa, das pessoas ficarem o tempo todo querendo tirar roupa. Quer tirar roupa, vai tirar roupa em casa. Vai tirar roupa na piscina. Ninguém é obrigado a ficar vendo cabelo em sovaco de mulher, banha, homens e mulheres nus. Ninguém é obrigado a fazer isso. As pessoas que quiserem, façam em casa, não nas universidades”, afirmou.

Veja:


Apesar das críticas à atividade por parte de um grupo de parlamentares, outros deputados defenderam o evento. É o caso de Fernanda Melchionna (PSol-RS). Ela repudiou a votação de requerimentos que “criminalizam a universidade e a livre expressão artística” e chamou a atividade de “performance artística”.

“Ao invés de estar priorizando debater milhões de estudantes que estão no ensino médio,[esta comissão] lamentavelmente preferiu pautar temas como esse. É inaceitável que se criminalize uma performance artística dos estudantes, ao mesmo tempo em que, além de obviamente ser parte da livre expressão artística, de não ter sido obrigatório, de não ter tido erotização”, defendeu Melchionna.

Investigação

Mais cedo, a comissão aprovou um requerimento que pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) a instauração de inquérito para apurar “eventuais crimes” no evento da Furg.

O requerimento é de autorida do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), presidente da comissão. O parlamentar alega que o evento teve classificação livre, mas representou “potencial incidência” de crimes, como atentado ao pudor, exposição indecente, constrangimento ilegal, importunação sexual e corrupção de menores.

O evento na Furg faz parte do programa Acolhida Cidadã. Imagens divulgadas nas redes sociais mostra estudantes nus dentro do prédio onde são ministradas aulas do curso de Artes Visuais. De acordo com a universidade, o objetivo do programa é “acolher os calouros da melhor forma possível”.

A pauta da comissão também contava com um requerimento para aprovar uma moção de repúdio contra a Furg. O texto tem autoria do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), mas foi retirado de pauta após acordo.

Por Rebeca Borges
Fonte: metropoles.com

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