Antes, ele permaneceu por três dias no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Fernando Filho se entregou à Polícia Civil, no fim da tarde do dia 6 de maio, após a Justiça decretar sua prisão preventiva. Ele ficou três dias foragido antes de se apresentar.
Como mostrado pelo Metrópoles, o empresário chorou e ficou sem dormir em sua primeira noite atrás das grandes, em uma carceragem do 31º DP (Vila Carrão).
Na noite de terça (7/5), ele foi encaminhado para o CDP da região metropolitana, onde foi fichado e fotografado, com os cabelos desgrenhados (foto em destaque).
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirmou ao Metrópoles que Fernando deu entrada na “penitenciária dos famosos” à 0h45.
O empresário é acusado de dirigir sob efeito de bebida alcoólica e bater seu Porsche em alta velocidade na traseira de outro veículo, matando o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Fernando Filho foi para Tremembé por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A transferência dele para a “Cadeia dos Famosos” é um pedido da defesa, por alegada questão de segurança.
Chega o motorista do Porsche e sai Nardoni
Em contrapartida à chegada de Fernando Sastre, Alexandre Nardoni, que é condenado por matar a própria filha em 2008, deixou o complexo penitenciário pela porta da frente na segunda-feira. Ele teve a progressão de regime concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e deve cumprir o restante da pena de 30 anos fora da cadeia.
O complexo, localizado no interior de São Paulo, conta atualmente com outros presos “celebridades”. A lista inclui o ex-jogador de futebol Robinho, além dos condenados por homicídio Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves.
Tremembé também abrigou outros presos famosos que já deixaram a prisão, como Roger Abdelmassih, Daniel Cravinhos, Mizael Bispo e o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé. Já a unidade feminina ficou responsável por Elize Matsunaga, Suzane von Richthofen e Anna Carolina Jatobá, mulher de Nardoni – todas em liberdade atualmente.
Dono de Porsche
O pedido para o dono do Porsche ficar em Tremembé foi acolhido pela 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em sessão ordinária realizada na tarde de terça-feira (7/5). Ele é réu por causar a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, em 31 de março, na zona leste da capital paulista.
“Determino à origem que se assegure que a segregação cautelar do paciente [Fernando Filho] ocorra de maneira a observar a garantia da sua integridade física e que seja realizada nas dependências da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado [Tremembé], como postulado pela defesa”, registrou a ministra Daniela Teixeira, relatora do caso.
Na ocasião, a magistrada também defendeu negar o habeas corpus para que o réu respondesse em liberdade ao processo por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O voto da relatora foi acompanhado pelos ministros Messod Azulay Neto e Joel Ilan Paciornik.
Homicídio
Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. Além da morte de Ornaldo, outra vítima do acidente é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, que estava de carona no Porsche.
Marcus fraturou quatro costelas, precisou ser hospitalizado e perdeu o baço. Ele voltou a ser internado no último dia 28 de abril e teve alta na segunda-feira (6/5). Mesmo com sinais de embriaguez, Fernando Sastre Filho recebeu permissão dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os agentes responsáveis pela liberação indevida também são alvo de investigação.
Como publicado pelo Metrópoles, a câmera corporal da PM Dayse Aparecida Cardoso Romão mostra que ela explica, ao telefone, os motivos para liberar, sem escolta, o empresário, logo após ele provocar o acidente fatal.
As imagens das câmeras corporais dos PMs que atenderam à ocorrência mostram o momento em que Fernando Filho é liberado do local do acidente junto da mãe, sob a justificativa de que iria procurar atendimento médico, o que não aconteceu.
Por Alfredo Henrique
Fonte: metropoles.com