O vídeo, que rapidamente ganhou atenção global em dezembro, mostra Nelle dançando com seu uniforme característico, botas e uma bolsa Yves Saint Laurent. Embora a intenção fosse celebratória, a postagem gerou uma investigação interna na Alaska Airlines e culminou em sua demissão.
Em sua página de arrecadação de fundos, Nelle afirma que foi “demitida injustamente” e não teve a oportunidade de se defender.
“Durante uma parada, postei um vídeo descontraído em minha conta pessoal. Era um clipe inofensivo gravado às 6 da manhã, enquanto esperava 2 horas pelos pilotos”, descreve Nelle.
Ela também explicou que o vídeo celebrava o fim de seu período de experiência e sua superação pessoal após uma infância difícil em São Francisco. Infelizmente, em vez de apoio, a viralização trouxe um nível inesperado de escrutínio.
Um porta-voz da Alaska Airlines não comentou sobre o caso quando indagado pela mídia americana, mas as políticas da companhia, assim como de outras, proíbem que membros da tripulação postem conteúdos nas redes sociais que possam prejudicar sua imagem ou reputação. Essa regra se aplica independentemente de o membro da tripulação identificar-se como empregado ou não.
Outras companhias, como a Qatar Airways, já haviam banido o uso de redes sociais por comissários de bordo, mas levantaram essa proibição há cerca de um ano. Contudo, muitas empresas internacionais, como a Singapore Airlines, ainda possuem restrições semelhantes.
Nelle relata que foi rapidamente convocada para uma reunião de gestão, onde a Alaska Airlines a acusou de violar as rígidas diretrizes de mídia social. “Tentei explicar que o vídeo não tinha a intenção de prejudicar ninguém ou a empresa, mas eles não queriam ouvir”, revelou Nelle.
Esse caso levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e as limitações impostas por políticas corporativas em um mundo cada vez mais conectado.
Por Carlos Ferreira
Fonte: aeroin.net