Como noiticiou o Metrópoles, na coluna de Andreza Matais, a ida do atual chefe do Palácio do Planalto à comunidade foi articulada por uma ONG com ligações com a facção criminosa PCC.
Otoni pediu que a Procuradoria-Geral da República investigue as autoridades, incluindo Lula e a primeira-dama Janja, por possíveis atos ilícitos relacionados à negociação com a organização ligada ao PCC.
“Os fatos narrados revelam indícios suficientes da possível prática de ilícitos penais por parte de autoridades públicas federais, incluindo o presidente da República e a primeira-dama, notadamente diante do contexto de reuniões institucionais mantidas com associação comunitária que, conforme amplamente divulgado pela imprensa, mantém vínculos com organização criminosa de alta periculosidade — o Primeiro Comando da Capital (PCC)”, justifica o deputado.
Para Otoni, os envolvidos podem ter incorrido em crimes de prevaricação, associação e organização criminosa e advocacia administrativa, quando o servidor público utiliza sua função para patrocinar interesse privado.
“Tais condutas, caso confirmadas, não apenas violam os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade administrativa, mas configuram ameaça concreta à ordem pública e à segurança institucional do Estado, tornando imprescindível a apuração rigorosa pela Procuradoria-Geral da República, inclusive com eventual requerimento de abertura de inquérito perante o Supremo Tribunal Federal”, completa Otoni.
Pedido de impeachment
Como mostrou a coluna, Otoni já havia sinalizado um rompimento com o governo Lula na última semana, quando foi ao plenário da Câmara pedir a abertura de processo de impeachment contra Lula.
O motivo alegado por Otoni foi uma entrevista na qual o presidente da República afirmou que não conseguiria governar o Brasil, sem acionar o STF contra decisões do Congresso.
Segundo Otoni, a fala de Lula foi um “escândalo”. Para o deputado, é necessário que o PL, partido de Jair Bolsonaro, comece a articular o impeachment do petista, mesmo faltando pouco mais de um ano para a eleição.
Por Gustavo Zucchi e Igor Gadelha
Fonte: metropoles.com