Em 2018, Nahas já havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Na época, a pena estipulada foi de 7 anos, em regime semiaberto. Contudo, a defesa do empresário entrou com recurso e o caso foi parar no Supremo, onde foi julgado na última semana.
A pedido do Ministério Público, o STF aumentou a pena do réu.
Nahas responde ao processo em liberdade.
Procurado pela TV Globo, a defesa da família da vítima informou que ainda aguarda o caso ser classificado como transitado em julgado, quando não há mais possibilidade de recurso.
"O pai da vítima morreu sem ver a Justiça ser feita, infelizmente. A mãe dela também não está em bom estado de saúde após anos clamando por Justiça", diz trecho da nota.
👉 A defesa de Nahas também foi procurada, mas ainda não se manifestou. Na época do crime, os advogados argumentavam que a vítima sofria de depressão e teria se matado.
O crime
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Sérgio Nahas — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal |
Para a acusação, Nahas matou Fernanda porque se sentiu ameaçado após ela descobrir que ele a traía e usava drogas. Segundo o promotor Fernando Bolque, o empresário também estava preocupado com a partilha dos bens diante da possibilidade de a mulher pedir o divórcio.
Ainda segundo a acusação, Nahas arrombou a porta do closet onde Fernanda estava para se proteger do marido. Em seguida, de acordo com o promotor, ele atirou duas vezes. Laudo oficial da perícia apontou que o primeiro disparo atingiu a mulher, enquanto o segundo saiu pela janela.
Fernanda fazia tratamento contra depressão. De acordo com a defesa de Nahas, diários escritos pela própria vítima já indicavam que ela tinha o desejo de tirar a própria vida.
Contudo, o laudo da Polícia Científica não encontrou vestígios de pólvora nas mãos de Fernanda. Quanto a isso, a defesa do empresário alegou que a pistola usada só deixa resíduos na roupa.
Nahas chegou a ser preso por porte ilegal da pistola, mas foi solto por decisão da Justiça após 37 dias.
Por Walace Lara, TV Globo e g1 SP — São Paulo
Fonte: g1