Em nota divulgada à imprensa, a equipe de comunicação do Grupo Clareou afirmou que “está adotando todas as medidas cabíveis, tanto administrativas quanto judiciais, nas esferas cível e criminal” para defender seus direitos legais e a integridade da marca.
Uso indevido
Como a coluna Fábia Oliveira publicou em 18 de junho, Ivete Sangalo entrou com pedido de registro das marcas “Clareou” e “Ivete Clareou” no dia 28 de maio no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Já a banda de samba e pagode é detentora da marca “Grupo Clareou” e “Clareou” desde 2010.
Ainda no comunicado, o grupo de samba afirmou que não possui qualquer participação ou vínculo com a turnê de Ivete Sangalo e acusa a artista de usar o termo de forma indevida.
“A utilização do termo ‘Clareou’ pela equipe da cantora se deu sem qualquer consulta ou autorização prévia ao grupo, que detém exclusividade sobre a marca ‘Clareou’ , em sua forma nominativa e mista, devidamente registrada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) desde 2010”, reforça o texto divulgado pelo grupo.
Ainda de acordo com a equipe da banda, o registro junto ao INPI garante ao Grupo Clareou “o uso exclusivo da marca dentro da classe de Nice [classificação internacional de produtos e serviços] correspondente ao segmento de entretenimento e atividades musicais, o que abrange turnês, shows e eventos relacionados”.
Confusão
Também no mês passado, a coluna já havia mostrado que o nome escolhido por Ivete Sangalo para sua turnê estava confundindo os fãs. Nas redes sociais, muita gente imaginou que as apresentações da artista baiana, que começam em outubro, seriam em conjunto com o grupo musical formado no Rio de Janeiro.
De acordo com a assessoria de imprensa do Grupo Clareou, os advogados da banda tentaram “resolver a questão de forma amigável, buscando diálogo com a equipe de Ivete Sangalo”. Segundo eles, no entanto, não houve acordo. “A equipe da artista persistiu no uso não autorizado da marca”, reforçou no comunicado.
A defesa do grupo alegou ainda que a tentativa de Ivete Sangalo de registrar as marcas “Clareou” e “Ivete Clareou” configura uma “clara violação de direitos marcários”.
“O Grupo Clareou expressa seu profundo desconforto e repúdio ao uso indevido de sua marca. Tal conduta caracteriza, além de concorrência desleal, um gesto de desprezo pela história do grupo, que conquistou seu espaço de forma legítima e sólida no cenário nacional do samba”, encerra o texto divulgado.
Por Fábia Oliveira
Fonte: metropoles.com