Em entrevista ao Metrópoles, ele falou sobre a sua trajetória na televisão, com o Casseta & Planeta, e também comentou a respeito dos limites do humor, assunto que vem sendo bastante debatido após a condenação de Leo Lins por conta de piadas consideradas preconceituosas contra várias minorias sociais.
“Humor, em si, não tem limite. Quem tem limite é o humorista e a plateia. Isso quer dizer: humorista não gosta, não conta a piada, busca outro caminho. A plateia não gosta, não vai rir e aplaudir. O que tem limite é o acordo entre o cara que está em cima do palco e o pessoal que está na frente dele”, reflete De La Peña.
O comediante afirma que não gosta de “especular” sobre a relação de outros artistas com o seu público. “O Casseta sempre foi um programa habituado a falar com todo mundo. Esses problemas acontecem muito com pessoas que foram formadas em bolhas, em nichos”, avalia.
Prisão por texto de humor
De La Peña também comentou a condenação do colega Leo Lins, que foi sentenciado a oito anos de prisão pela Justiça Federal.
“Eu acho que não tem cabimento a pessoa ir presa, pra cadeia, por conta de um texto de humor, mesmo que seja de mau gosto, delicado, perigoso ou, pela interpretação de parte do público, seja preconceituoso. É tudo uma questão de interpretação”, reflete.
O ex-Casseta também enfatiza o fato de que a comédia stand up é um fenômeno ainda recente no Brasil e que o público deve entender que cada humorista tem o seu próprio perfil e estilo de humor.
Confira a entrevista completa de Hélio De La Peña ao Metrópoles:
Por Naum Giló
Fonte: metropoles.com