O jurista foi encontrado morto no quintal da casa dele, em Nova Ubiratã (426 km de Cuiabá), no dia 26 de junho, com um tiro na cabeça.
Kall Higor está foragido.
A decisão que manteve Cleusa Bianchini temporariamente presa foi proferida pela juíza plantonista Mariana Dantas Pereira, da Comarca de Arenápolis. Apesar de morar em Sorriso, a mandante foi presa no último sábado (26), em Nobres.
“Não havendo nenhum vício de validade no cumprimento do ato, ratifico o cumprimento do mandado de prisão temporária”, disse a magistrada em audiência de custódia virtual realizada no domingo (27).
Já a decisão que manteve Alessandro Vageti preso foi proferida pelo juiz plantonista Rafael Depra Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, mesma cidade em que o acusado foi preso no último sábado.
A filha de Alessandro e neta de Cleusa, Giovanna Vageti, também foi mantida presa por decisão do mesmo magistrado. Ela também foi detida em Sorriso no sábado.
Todas as prisões foram determinadas pela Vara Única de Nova Ubiratã.
Acusações
De acordo com as investigações da Polícia Civil de Mato Grosso, Cleusa Bianchini foi acusada de mandar matar o advogado José Antônio, em junho deste ano. Ela teria contado com a ajuda do filho, Alessandro Vageti, para contratar o pistoleiro Kall Higor, que matou o advogado com um tiro na cabeça.
O motivo do assassinato seria uma dívida de R$ 4,5 milhões que a mandante tinha com o advogado, referente a honorários advocatícios decorrentes de uma ação de reintegração de posse movida contra ela.
José Antônio cobrava Cleusa na Justiça e ela acreditava que, com a morte do advogado, estaria livre de pagar a vítima. A mandante achava também que o jurista não tinha herdeiros que pudessem cobrar o valor.
Após o assassinato, no dia 26 de junho, Giovanna Vagetti, filha de Alessandro e neta de Cleusa, teria ligado para a Polícia Militar para fazer uma denúncia anônima e falsa sobre maus-tratos a animais na casa da vítima, quando José Antônio já estava morto.
Quando os militares chegaram na residência do advogado para verificar a situação, o portão estava fechado e os PMs precisaram subir no muro para olhar o interior da casa, momento em que o corpo de José Antônio foi encontrado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o advogado havia comentado com familiares que estava sendo ameaçado pelos criminosos, chegando inclusive a mostrar áudios de ameaça recebidos por ele. Mesmo aterrorizado com o risco de morrer, José Antônio havia afirmado que não desistiria das ações que tanto havia trabalhado.
Cleusa, Alessandro e Giovanna foram alvos da Operação Procuração Fatal, deflagrada pela Polícia Civil no último sábado.
Os celulares deles foram apreendidos e as investigações sobre o crime continuam.
Por Vanessa Moreno
Fonte: reportermt.com