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‘Mais’ em vez de ‘mas’: Moraes comete erro de português em decisão sobre Bolsonaro

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Via @maisgoias | O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cometeu uma série de erros de português no despacho enderaçado à defesa de Jair Bolsonaro (PL) para esclarecer as medidas cautelares impostas ao ex-presidente. Entre os deslizes, está uma imprecisão no uso da crase e a troca de “mas” (conjunção adversativa) por “mais” (advérbio de intensidade). Ainda na manhã desta quinta-feira (24), o ministro divulgou uma nova versão do documento para corrigir o equívoco.

Em um trecho da versão inicial, Moraes esclarece a proibição de Bolsonaro usar as redes sociais, o que inclui a utilização por intermédio de outras pessoas. O magistrado reiterou que o ex-presidente pode conceder entrevista, desde que elas não sejam previstas para outro tipo de veiculação.

“Não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagens nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, diz a manifestação.

Segundo o ministro, a constatação desse tipo de utilização das redes, “com a nítida finalidade de continuar a prática das condutas ilícitas”, pode ocasionar a decretação de prisão preventiva para “cessar a conduta criminosa”. Por isso, Moraes escreveu: “como diversas vezes salientei na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça é cega mais (sic) não é tola!!!!!”.

Em outro trecho, o magistrado também trocou “a favor” por ” à favor”: “Efetivamente, não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que, as redes sociais do investigado EDUARDO NANTES BOLSONARO foram utilizadas à (sic) favor de JAIR MESSIAS BOLSONARO dentro do ilícito modus operandi já descrito”, escreveu.

Os erros repercutiram entre os bolsonaristas. Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-MG) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), além do senador Carlos Portinho (PL-RJ), foram alguns dos parlamentares que divulgaram o equívoco. “Em breve, ‘agente vai censurar'”, zombou Nikolas.

Por Alexandre Bittencourt
Fonte: maisgoias.com.br

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