O concurso foi realizado em 13 de outubro de 2024 para o preenchimento de 824 vagas de nível médio e superior e contou com 40 mil inscritos. No dia seguinte, 14, o deputado federal Reimont (PT-RJ) fez a denúncia nas redes sociais e a encaminhou formalmente ao Ministério Público. Nesse mesmo dia, a FGV anulou as questões sob justificativa de “não estarem alinhadas aos princípios desta Fundação”.
Ao Brasil de Fato, o deputado federal condenou o machismo contido nas questões. “Quando uma banca como a FGV legitima estereótipos machistas num concurso público, ela naturaliza a violência simbólica contra as mulheres e reforça desigualdades históricas. Não podemos aceitar que o Estado e instituições educacionais se tornem veículos de preconceito. Essa condenação é um recado claro: o Brasil não tolera mais o machismo institucional. Vamos continuar atentos e mobilizados para garantir concursos públicos livres de discriminação e comprometidos com a igualdade de gênero.”
A Ação Civil Pública (ACP) foi movida pela União Brasileira de Mulheres (UBM), com pedido de indenização de R$ 10 milhões e anulação do concurso. Embora o juiz Josué de Matos Ferreira tenha considerado a anulação desproporcional, reconheceu que o material era “ofensivo e discriminatório”, determinando a reparação pelo dano moral coletivo. O valor da indenização deverá ser destinado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Macaé.
A reportagem do BdF RJ procurou as assessorias da FGV e da prefeitura de Macaé e aguarda retorno.
Editado por Juliana Passos
Fonte: brasildefato.com.br