“Agora ele revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas ao retirar o Brasil da IHRA – o organismo internacional criado para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel – colocando o país ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel”, disparou o ministro na rede social X.
“Como ministro da Defesa de Israel, afirmo: saberemos nos defender contra o eixo do mal do islamismo radical, mesmo sem a ajuda de Lula e seus aliados”, acrescentou Katz.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou. Além da mensagem em português, o ministro israelense publicou uma imagem gerada por inteligência artificial em que Lula aparece como um boneco de marionete manipulado por Khamenei.
O presidente Lula é crítico contundente da ocupação de Israel na Faixa de Gaza. O governo brasileiro condenou o ataque terrorista do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023, mas desde então acusa o exército israelense de genocídio contra o povo palestino.
“Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino. Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, declarou Lula em junho.
Israel chama Lula de ‘apoiador do Hamas’ e rebaixa relações diplomáticas com o Brasil
O presidente brasileiro foi declarado “persona non grata” em Israel após comparar o assassinato de civis em Gaza com o Holocausto da Alemanha Nazista em fevereiro de 2024.
A relação entre os dois países tem se deteriorado desde o início da ofensiva contra o Hamas. O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou que vai “rebaixar” as relações diplomáticas com o Brasil após o Itamaraty se abster de aprovar a indicação do diplomata Gali Dagan para o posto em Brasília.
“Após o Brasil, excepcionalmente, se abster de responder ao pedido de agrément do Embaixador Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países agora são conduzidas em um nível diplomático inferior”, disse o Ministério israelense em comunicado.
Celso Amorim, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, defendeu a posição do governo e afirmou que Israel promoveu uma “humilhação pública” do embaixador brasileiro Frederico Meyer no Museu do Holocausto, em Jerusalém.
Com informações do Estadão Conteúdo
Por Beatriz Rohde
Fonte: ndmais.com.br