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Fux compara 8/1 com outras depredações, relembra black blocs e m0rt3 de fotógrafo durante manifestações do governo Dilma

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Via @terrabrasil | O ministro Luiz Fux comparou o 8 de Janeiro aos movimentos black blocs de 2013 e 2014 e manifestações de 2016, destacando que, nesses casos, não foram aplicados crimes previstos na antiga Lei de Segurança Nacional.

O ministro Luiz Fux voltou a comparar o episódio do 8 de Janeiro com o movimento conhecido como black blocs, que ficou famoso ao organizar manifestações entre 2013 e 2014 no Brasil, durante a leitura do seu voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus na trama golpista. Fux usou como exemplo outras situações de depredações e confrontos para ancorar a sua tese de que não houve crime de tentativa de golpe de Estado. 

Dentre os exemplos, Fux citou o caso do cinegrafista Santiago Andrade, que morreu após ser atingido por um rojão enquanto cobria um protesto no Rio de Janeiro em fevereiro de 2014, durante a gestão Dilma Rousseff (PT). "Há diversas imagens registradas pela imprensa de pessoas portando bandeiras de partidos políticos durante as práticas criminosas naquela oportunidade", disse o ministro. 

Depois, mudando o governo, Fux mencionou as manifestações de 2016, que pediam a saída do presidente Michel Temer (MDB) do poder. 

"É fato notório que em todos esses movimentos houve envolvimento de pessoas denominadas black blocs. Destinadas a incitar a população à desobediência civil por meio de atos violentos", disse Fux. Segundo o ministro, o grupo dispunha até de um manual de guerrilha para ser usado pela população nas manifestações. 

Não há provas que Bolsonaro e demais réus ordenaram destruição causada no 8 de janeiro, diz Fux:

"Agora vem a perplexidade, em nenhum desses casos, oriundo dessas manifestações políticas violentas, até pela data, se cogitou de imputar aos seus responsáveis os crimes previstos na então vigente lei de Segurança Nacional", afirmou o ministro, concluindo o seu ponto com a comparação. 

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão sendo julgados:

• o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto;

• o ex-ajudante de ordens Mauro Cid;

• o almirante de esquadra que comandou a Marinha, Almir Garnier;

• o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;

• o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno;

• o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem;

• e o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

Na quinta-feira, 11, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Cristiano Zanin (presidente da Primeira Turma) devem votar, nesta ordem. Caso haja condenação, a expectativa é que o último dia do julgamento aconteça na sexta, 12, que deve ser dedicado à dosimetria das penas. 

Redação Terra
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/fux-compara-81-com-outras-depredacoes-e-relembra-morte-de-fotografo-durante-manifestacoes-do-governo-dilma,8577d781e3b22c776425719879182ca1dfkdkm4c.html?utm_source=clipboard

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