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Homem é preso por tentar invadir o Palácio do Planalto na madrugada

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Via @portalg1 | Um homem de 54 anos levou dois tiros de borracha e foi preso na madrugada desta quarta-feira (10) após tentar invadir o Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Leonildo dos Santos Fulgieri pulou a grade que cerca o Palácio do Planalto por volta das 3h30.

Na sequência, tentou ultrapassar a proteção da rampa que dá acesso ao segundo andar do prédio.

➡️O Palácio do Planalto é o prédio de trabalho da Presidência da República. Ele fica na Praça dos Três Poderes, em uma das pontas da Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília.

Grades de proteção em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta (10) — Foto: Isabella Calzolari/g1

Neste momento, militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que atuam na segurança do prédio advertiram o homem – mas ele continuou avançando em direção à rampa.

Com isso, os militares dispararam balas de borracha, que atingiram o quadril e a perna do invasor.

Após os disparos, o rapaz foi contido e levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde prestou depoimento.

O conteúdo do depoimento e a motivação alegada pelo homem para tentar entrar no prédio não foram divulgados.

"O suspeito foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal no DF, onde foi lavrado o termo e encaminhado para atendimento médico e avaliação psiquiátrica. O caso foi enquadrado nos crimes de resistência e desobediência e encaminhado ao Juizado Especial Federal", informou a PF em nota.

PM barrou tentativa horas antes

Em nota, a Polícia Militar informou que já tinha sido acionada horas antes, por volta de 0h30, para uma outra tentativa do mesmo homem de entrar no Palácio do Planalto.

No local, a equipe constatou que o homem já era "conhecido" da PM por "ter protagonizado episódios semelhantes anteriormente".

A Polícia Militar informou que o homem apresentava sinais de "possível desorientação mental", e o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar atendimento, mas não identificou necessidade de encaminhamento ao hospital.

O homem foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (área central de Brasília) e uma ocorrência foi registrada. Horas depois, ele voltou ao Palácio do Planalto – e só então, foi atingido pelos tiros de borracha do GSI.

Segurança reforçada

Atualmente, pelo menos duas fileiras de grades cercam o Palácio do Planalto.

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ordenar a retirada dos gradis que tinham sido instalados dez anos antes, ainda no governo Dilma Rousseff. A paisagem desobstruída, no entanto, durou menos de dois anos. Relembre.

Só em 2025, as grades voltaram a ser instaladas de forma temporária em redor do Planalto em pelo menos duas ocasiões:

• em julho, quando um grupo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou acampar na Praça dos Três Poderes em protesto;

• agora, em setembro, antevendo possíveis manifestações durante o julgamento da trama golpista – a sede do STF fica do lado oposto da Praça dos Três Poderes.

Homem também tentou invadir Senado

Segundo o g1 apurou, o homem tem outras passagens na polícia por tentar invadir outros prédios públicos na Praça dos Três Poderes.

Na segunda (8), o mesmo homem tentou entrar no edifício-sede do Senado Federal, durante o dia.

Ele teria dito aos vigilantes que ia "sentar no trono" – em alusão à cadeira do presidente da Casa.

De acordo com os seguranças, ao ser impedido de entrar, o homem virou as costas e foi embora. A tentativa não foi registrada oficialmente.

Nota oficial

Leia abaixo a nota oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação Social do governo:

Nesta madrugada, por volta de 3h, um homem identificado como Leonildo dos Santos Fulgieri tentou subir a rampa do Palácio do Planalto. A princípio, foi advertido verbalmente pela guarda presidencial, mas como seguiu avançando, a segurança fez uso de arma não-letal para contê-lo, atingindo a perna e quadril, sem gravidade. Ele foi detido e levado para a Polícia Federal para registro de ocorrência.

Por Isabella Calzolari, Vinícius Cassela, Fábio Amato, g1 — Brasília
Fonte: g1

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