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Tyler Robinson é acusado de m4t4r Charlie Kirk e pode pegar pena de m0rt3

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Via @portalg1 | Tyler Robinson, de 22 anos, foi indiciado nesta terça-feira (16) pela Justiça dos EUA por homicídio qualificado no assassinato de Charlie Kirk. Caso seja condenado, ele pode enfrentar a pena de morte.

Robinson, também foi acusado de lesão corporal gravíssima, obstrução da Justiça, coação no curso do processo e agressão violenta cometida na presença de uma criança.

A Promotoria de Utah afirmou nesta terça que Robinson disse ao colega de quarto que matou Kirk porque tinha “se cansado do ódio dele” e que planejou o crime por mais de uma semana. Segundo as autoridades, o suspeito também disse que esperava manter sua participação no ataque em segredo até ficar velho.

Charlie Kirk, ativista de direita dos Estados Unidos, morreu após ser baleado no pescoço na última quarta-feira (10), enquanto falava em um evento na Universidade Utah Valley.

A polícia prendeu Tyler Robinson na sexta-feira (12), após 33 horas de buscas. Kash Patel, diretor-geral do FBI, afirmou que os policiais encontraram indícios "físicos" que comprovam que a autoria do crime é do suspeito preso.

As buscas mobilizaram o FBI e policiais locais, mas foram amigos e a própria família do suspeito que o convenceram a se entregar, segundo a Promotoria de Utah.

Dias antes, ainda de acordo com os amigos do suspeito, Robinson havia relatado a eles que Charlie Kirk estaria em Utah para uma palestra a jovens universitários e disse não gostar do ativista. Ele, depois, confessou o crime a pessoas próximas, ainda segundo a polícia.

Foto: Governo do Utah via AP e Reuters

De acordo com o governador do Utah, Spencer Cox, o suspeito não era aluno da universidade Utah Valley, onde o crime ocorreu. No entanto, no dia em que Kirk deu a palestra na instituição, ele foi até a universidade e dirigiu seu carro. Depois do crime, trocou de roupa e fugiu a pé, segundo o governador.

O governador do Utah disse que a polícia também encontrou, em uma rede social sua, mensagens sobre uso de fuzis e cartuchos de bala. E afirmou que o suspeito deixou mensagens inscritas no fuzil e cartuchos supostamente utilizados no crime contra Kirk.

Parentes relataram à polícia que o suspeito radicalizou seu discurso político nos últimos anos.

Segundo o jornal "The New York Times", também com base em fontes, o suspeito estava a cerca de 400 quilômetros da universidade onde atirou contra Charlie Kirk.

O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu a pena de morte para Tyler Robinson antes dele ser acusado pela Justiça americana.

"Espero que se aplique a pena de morte. Eles têm pena de morte no Utah", afirmou o presidente norte-americano, que era próximo de Kirk, em entrevista à rede de TV Fox News.

Na noite da última quinta-feira (11), novas imagens da universidade registraram o momento em que um homem pula de um telhado e corre logo após o crime (veja aqui).

Investigações

FBI divulga foto de suspeito da morte de Charlie Kirk — Foto: X / Reprodução

Investigadores do caso entrevistaram mais de 200 pessoas e coletaram mais de 7.000 pistas, segundo a polícia.

Na quinta, o FBI divulgou imagens de um homem considerado "o potencial atirador" e anunciou uma recompensa de US$ 100 mil dólares (cerca de R$ 630 mil) por informações que levem à sua identificação e captura.

As imagens mostravam um homem com um boné preto, óculos escuros, tênis e uma camiseta preta com uma estampa que parece ser a bandeira norte-americana. Na coletiva desta sexta, as autoridades não informaram se o homem da primeira foto é o suspeito detido pela polícia.

Foto: Reprodução/TV Globo

O assassinato

Mapa mostra local onde o ativista conservador Charlie Kirk foi assassinado, em Utah, nos EUA, em 10 de setembro de 2025. — Foto: arte/ g1

Charlie Kirk foi atingido por um tiro no pescoço quando debatia com estudantes no campus. As autoridades acreditam que um único tiro foi disparado de um telhado a quase 200 metros de distância.

Um fuzil de alta potência foi localizado em uma área arborizada que a polícia acredita ter sido a rota de fuga do suspeito.

Embora a identidade do suspeito ou a motivação do crime não sejam conhecidas, Trump responsabilizou a esquerda, mas na quinta-feira foi mais comedido.

"Ele defendia a não violência", disse Trump sobre um de seus mais importantes aliados, considerado responsável por impulsionar sua vitória presidencial ao conquistar o eleitorado jovem.

O corpo de Kirk foi levado na quinta-feira para Phoenix, Arizona, no avião do vice-presidente JD Vance, que ajudou a carregar o caixão. A viúva, Erika Kirk, também estava a bordo da aeronave.

'Mudou o clima político'

O crime foi condenado por ambos os lados do espectro político, em uma rara demonstração de consenso na extremamente polarizada opinião pública americana.

No entanto, teorias conspiratórias e mensagens confrontadoras proliferam nas redes sociais. "Eles estão em guerra contra nós", reagiu na quarta-feira o jornalista Jesse Watters, da Fox News.

Kirk foi assassinado justamente enquanto respondia à pergunta de um jovem sobre os tiroteios nos Estados Unidos.

Trump foi quem anunciou oficialmente a morte de Kirk, a quem concederá a Medalha Presidencial da Liberdade, a principal honraria civil dos Estados Unidos.

Pai de dois filhos e defensor de valores conservadores e cristãos, Kirk era muito conhecido no cenário político norte-americano por fundar a organização "Turning Point USA" em 2012, cuja missão era promover ideias conservadoras entre os jovens.

Ele tinha uma imensa audiência nas redes sociais e comparecia regularmente a universidades para debater em pleno campus, sob uma tenda, com os estudantes.

"Ele realmente mudou o clima político nos campi americanos, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de maneira diferente", disse Dave Sanchez, que participava do evento de quarta-feira.

O crime chocou o país, que registrou um aumento da violência política nos últimos anos.

Trump foi vítima de duas tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral de 2024.

Este ano, a congressista democrata Melissa Hortman e seu marido foram assassinados, e a casa do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi incendiada.

Por Redação g1
Fonte: g1

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