Durante o julgamento no Tribunal da Coroa de Southwark, o júri ouviu gravações e depoimentos que detalharam a relação da carcereira Isabelle Dale com o assaltante Shahid Sharif, de 33 anos - preso pelo terceiro ano de uma pena de 12, por participação em um roubo a joalheria em 2019.
O caso apontou que Dale trocava cartas endereçadas ao seu “sneaky”, como chamava Sharif. O apelido também estava tatuado em sua nuca, e ela gostava de se referir a si mesma como “Miss Sneaky”. Em uma das mensagens enviadas ao detento, ela afirmou: "Gostei muito dessa, meu bem. Estou tão orgulhosa de você. Esse é o meu rap favorito que você já fez... é o primeiro que você me mandou."
Relatos apresentados ao tribunal disseram que outros detentos faziam a “guarda” enquanto ela e Sharif tinham relações sexuais em uma sala de oração da prisão. Em um episódio citado, a agente teria saído do local quatro minutos após entrar com o preso, aparentemente “reajustando a região do cinto”.
A investigação também indicou que Sharif teria “recrutado” a funcionária para ajudá-lo no contrabando de envelopes com drogas para dentro da unidade. Dale administrava a conta de Snapchat do criminoso, usada para o tráfico. Ela acabou presa em 1º de novembro de 2022, durante uma visita ao detento na prisão de HMP Swaleside.
Mas Sharif não era o único preso com quem ela se relacionava. A polícia encontrou mensagens de texto que revelavam que a agente mantinha pelo menos outro envolvimento sexual dentro da mesma penitenciária. O segundo detento mencionado é Connor Money, acusado de matar um amigo durante uma perseguição policial a 237 km/h em 2019, e de fugir do local. Em uma das mensagens, Dale escreveu: "Talvez você só queira me usar porque sou policial, mas acho que você não é assim xx".
Isabelle Dale negou tanto o envolvimento indevido com os detentos quanto a tentativa de introduzir itens proibidos na prisão. Mesmo assim, foi considerada culpada pelo tribunal.
Por Carol Neves
Fonte: correio24horas.com.br



