A defesa ocorreu em 13 de novembro, no campus de Tocantinópolis, e emocionou a comunidade acadêmica. Em seu trabalho, intitulado “Nunca é Tarde para Aprender: A história de vida de uma mulher preta que foi excluída do processo educacional de ensino”, Maria de Fátima narra sua trajetória marcada pela ausência de oportunidades de estudo. A pesquisa foi orientada pela professora Iara Rodrigues da Silva, que acompanhou cada passo dessa caminhada.
![]() |
| Imagem: Divulgação UFNT |
O memorial autobiográfico resgata a história de uma mulher que, após décadas longe da escola, encontrou na universidade um espaço de resistência, reconstrução e dignidade. O texto evidencia como a educação se tornou ferramenta de reexistência para uma mulher negra camponesa que rompeu o ciclo da exclusão.
A banca avaliadora, composta pelas professoras Lindiane de Santana e Mara Pereira da Silva, destacou o caráter histórico do trabalho. Para elas, o texto é “um documento de força, fé e liberdade — mais do que um TCC, é um ato de resistência escrito com coragem e dignidade”. O trabalho, segundo as avaliadoras, representa não apenas a jornada individual de Maria de Fátima, mas a luta coletiva das mulheres negras e do campo.
![]() |
| Imagem: Divulgação UFNT |
Durante o processo de produção, a estudante contou com a colaboração do acadêmico Vinicius Maciel, da LEDOC–Artes, que a ajudou na organização e escrita do memorial. A parceria reforçou o caráter comunitário do curso e o cuidado com a preservação das memórias de Dona Fátima.
A apresentação, aprovada com louvor, emocionou os presentes e reforçou o compromisso da UFNT com trajetórias diversas e com a valorização dos saberes tradicionais. Prestes a se tornar licenciada em Artes, Maria de Fátima deixa um legado que ultrapassa os muros da universidade: a prova viva de que nunca é tarde para aprender, transformar e reescrever a própria história.
![]() |
| Imagem: Divulgação UFNT |
Por Fabricio Moretti
Fonte: maisgoias.com.br



