De acordo com o processo, o erro ocorreu quando médicos prescreveram 15 mmol de fosfato de potássio, quando a dose correta deveria ser de 1,5 mmol. A falha na inserção da vírgula resultou em uma dosagem excessiva para De'Markus Page. Segundo informações da rádio WCJB, o processo detalha uma série de falhas nos protocolos de segurança do hospital.
"Por causa desses erros, De'Markus recebeu duas doses consecutivas de uma overdose massiva de fosfato de potássio oral", afirma o documento judicial.
O sistema de farmácia do hospital emitiu um alerta de "Bandeira Vermelha" sobre a dosagem excessiva, mas vários médicos supervisores, colegas e farmacêuticos não identificaram nem corrigiram o erro.
A sequência de eventos começou em 1º de março de 2024, quando a mãe levou o menino a outro hospital devido ao choro persistente, diarreia e diminuição do apetite. No local, ele foi diagnosticado com rinovírus e enterovírus, infecções comumente associadas a doenças respiratórias.
Após ser transferido para o UF Health Shands, os médicos consideraram o nível de potássio do menino "perigosamente baixo" e iniciaram o tratamento. No dia seguinte, ocorreu o erro na prescrição da dosagem.
O processo também alega que os profissionais médicos não responderam à parada cardíaca de De'Markus em tempo hábil, e ele ficou sem respirar por pelo menos 20 minutos. As consequências foram "catastróficas" e o menino foi mantido em suporte de vida por duas semanas antes de falecer.
"Tem sido extremamente difícil desde o falecimento do meu filho porque, até hoje, eu ainda não sei o que aconteceu. Nunca me contaram. Quando eu perguntava, a resposta era sempre vaga: 'Eu não sei. Eu não sei.' Ainda tenho pesadelos sobre o que aconteceu”, afirmou a mãe da criança, Dominique Page, em entrevista à WCJB.
Representantes do UF Health Shands informaram ao veículo norte-americano que não podem comentar sobre processos judiciais em andamento.
Fonte: otempo.com.br
