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Rioprevidência investiu R$ 2,6 bilhões em fundos do grupo do Banco Master, e TCE-RJ fala em ‘risco aos aposentados’

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Via @portalg1 | O Rioprevidência, fundo responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões a 235 mil servidores inativos do RJ, aplicou R$ 2,6 bilhões em fundos do grupo liderado pelo Banco Master. O investimento foi realizado ao longo de 2024 e 2025, aproveitando taxas consideradas “mais atrativas” que as oferecidas por concorrentes.

Em maio, o Tribunal de Contas do RJ (TCE-RJ) já havia alertado para “graves irregularidades” aos gestores do fundo. Em outubro, o TCE voltou a criticar os aportes e determinou uma tutela provisória com apensação sobre o Rioprevidência, impedindo-o de fazer novas transações com o Master.

🔎 Tutela provisória seguido da apensação é como, em uma situação de emergência, o Tribunal emitir um comando de parar imediatamente (tutela provisória) e, em seguida, dizer que o caso será transferido e anexado à investigação criminal completa (a auditoria) para que todas as punições e responsabilidades sejam definidas de uma vez.

“Chega de decisões sem transparência, chega de colocar em risco a aposentadoria daqueles que colaboraram com a construção deste estado”, declarou a conselheira Mariana Montebello Willeman.

Nesta terça-feira (18), o Banco Central decretou regime de administração especial temporária do Master por 120 dias e a liquidação do conglomerado. O presidente da instituição, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal horas antes, na noite de segunda (17), tentando deixar o país.

Sede do Rioprevidência — Foto: Divulgação

Mariana afirmou que o Rioprevidência assumiu o risco mesmo diante de um ambiente externo que recomendava “máxima cautela”. A conselheira também apontou que os investimentos foram realizados “em fundos do grupo liderado pelo Banco Master, sem histórico de atuação com governança, e métricas de risco pouco demonstradas que atendesse aos princípios da segurança, proteção, transparência e prudência financeira”.

“Nós sabemos que esse Banco Master se encontra numa situação extremamente duvidosa, e é farto o noticiário que dá conta de que este banco oferecia taxas de investimento que são impossíveis de serem aplicadas no mercado”, disse na ocasião.

Segundo Willeman, tudo indicava que o banco se encontrava “numa situação falimentar e que certamente não poderia honrar com os compromissos que vinha assumindo naquela oportunidade”.

Em uma nota publicada em seu site, no dia 18 de outubro, o Rioprevidência afirmou que “o valor efetivamente investido [no Banco Master] foi de aproximadamente R$ 960 milhões, em Letras Financeiras emitidas pelo Banco Master S.A., e a operação segue regular, adimplente e plenamente enquadrada nos parâmetros legais e prudenciais”.

O g1 voltou a procurar o Rioprevidência e aguarda retorno.

Nota do Rioprevidência sobre o aporte — Foto: Reprodução

Por Rafael Nascimento, g1 Rio
Fonte: g1

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