Bruna e o companheiro, Henrique Sampaio da Silva, 39, ficaram conhecidos após a prisão realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em setembro. Na ocasião, o casal foi encontrado no apartamento de luxo onde morava, na quadra 504 do Sudoeste. Bruna chorou durante a batida policial.
Brindes de fidelização
De acordo com a apuração, os traficantes vendiam tanto no apartamento no Sudoeste quanto entregavam as drogas via delivery. Bruna e Henrique criaram uma espécie de código paralelo de fidelização, no qual os usuários recebiam pequenos objetos tridimensionais digitais (3D) como brindes — entre eles, um esqueleto de peixe, um raio ou um floco de neve. Cada símbolo representava uma droga específica:
• Esqueleto de peixe: cocaína
• Raio: ecstasy
• Floco de neve: haxixe ou loló
Esses “souvenires” serviam como uma espécie de cartão de fidelidade, que não apenas disfarçava o vínculo criminoso, mas também criava um laço de exclusividade entre fornecedor e cliente.
“O nível de sofisticação do esquema e a ousadia em criar uma linguagem própria para fidelizar usuários nos surpreenderam. Era uma tentativa clara de driblar a polícia e ampliar o público consumidor, atingindo até adolescentes e jovens em idade escolar”, afirmou o delegado-chefe da 3ªDP, Victor Dan, responsável pela prisão do casal em setembro deste ano.
Por Carlos Carone e Willian Matos
Fonte: metropoles.com
