As imagens registram o momento em que pessoas se aproximam e tentam intervir na agressão. A vítima foi identificada como Gláucia da Silva, de 65 anos.
A neta da idosa contou ao g1 que a família havia assistido à partida entre Flamengo e Paris Saint-Germain no bar de um primo. No caminho de volta para casa, a idosa percebeu que havia perdido a chave e pediu para que o sobrinho retornasse ao estabelecimento para procurar o objeto.
Segundo a neta, quando a idosa chegou ao bar, ela viu o sobrinho sendo abordado pela polícia na porta do estabelecimento e se aproximou para explicar que o homem era comerciante e trabalhador. Segundo as testemunhas, o policial, identificado como 1º sargento Mosar Rocha dos Santos Junior, estava exaltado e discutindo. As imagens mostram que ele bateu com o fuzil na direção do peito dela, que acabou caindo no chão.
"Foi então que o policial, sem qualquer motivo aparente, golpeou-a com o fuzil, fazendo-a cair no chão. Ela não ofereceu resistência e não representava qualquer ameaça ao policial. A agressão foi gratuita e desnecessária, e minha avó sofreu lesões físicas e emocionais", afirma a neta.
"Minha vó é uma idosa indefesa. Eu quero que o policial seja punido de acordo com a lei e que minha avó seja tratada com respeito e dignidade. Eu também quero que os direitos dela sejam respeitados e que ela receba o apoio necessário para se recuperar das lesões sofridas", destaca ela.
No vídeo, é possível ouvir o policial dizer "fica pra trás" e "pode filmar" depois de agredir a idosa.
Em nota, a Polícia Militar informou que o caso está sendo investigado e que o policial envolvido foi afastado do serviço nas ruas (veja a nota completa ao fim da reportagem).
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| Policial agride idosa com fuzil no RJ — Foto: Reprodução |
De acordo com a família, a idosa precisou tomar medicação para dor em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A Polícia Civil disse que a investigação está em andamento na 57ª DP (Nilópolis).
"Os policiais militares e a vítima foram ouvidos e agentes realizam outras diligências para apurar os fatos", informou a corporação.
A neta conta que a avó está abalada psicologicamente e chorando constantemente.
"Ela fica toda hora chorando de vergonha porque nunca precisou passar por essa exposição, nem ir na delegacia", conta.
O que diz a PM
Procurada, a PM disse que foi "instaurado procedimento apuratório para analisar a conduta de um policial militar" e que "como medida administrativa preventiva, o policial foi identificado e afastado das atividades operacionais."
"O procedimento interno tem por objetivo a apuração dos fatos e a adoção das medidas administrativas e disciplinares cabíveis, conforme o regulamento da corporação. A Polícia Militar ressalta que não compactua com desvios de conduta ou excessos e atua com responsabilidade e transparência na apuração de ocorrências envolvendo seus integrantes, assegurando a observância do devido processo legal", informa o posicionamento enviado.
Por Thaís Espírito Santo, g1 Rio
Fonte: g1

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