Justiça ouve 16 testemunhas sobre a morte de Joaquim

Arthur Paes Marques, pai do garoto, será o primeiro a prestar depoimento. Entre os depoentes, quatro são comuns tanto à acusação quanto à defesa.

A Justiça de Ribeirão Preto (SP) pretende ouvir, nesta quinta-feira (11), 16 testemunhas de acusação na primeira audiência de instrução sobre a morte do menino Joaquim Ponte Marques, encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), após desaparecer de sua casa em novembro de 2013.  Segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, a série de depoimentos, que ocorrerá no Fórum, a partir das 14h, começará com Arthur Paes Marques, pai do garoto. Na sexta-feira (12) serão ouvidas as testemunhas de defesa.

Guilherme Longo, padrasto de Joaquim, e Natália Ponte, mãe do menino, estão respondendo por homicídio triplamente qualificado. A defesa de Longo confirmou a presença do réu durante a audiência desta quinta. Já o advogado de Natália não foi encontrado para informar se a cliente estará presente na audiência.

Para a polícia e para o Ministério Público (MP), Longo matou o enteado com uma alta dose de insulina e, em seguida, o jogou no córrego próximo à casa da família. Natália também está sendo acusada pois, no entendimento do MP, teve um comportamento omisso, já que sabia do comportamento agressivo do marido.

Depoimentos

Entre os convocados para falar nesta quinta-feira, estão pessoas que conviviam com Joaquim, como médicos e sua professora, outras que se relacionavam com Guilherme e policiais militares que participaram das investigações e das buscas pelo garoto. Quatro delas prestarão seus depoimentos tanto como parte da acusação quanto da defesa.

Não há tempo determinado para o depoimento de cada uma das testemunhas e elas podem ser interrogadas por ambas as partes. Essa é a primeira vez que uma audiência sobre o caso acontece em Ribeirão Preto, onde Natália e Guilherme viviam com o menino.

Testemunhas de acusação:

Arthur Paes Marques - pai de Joaquim;
Cassemira de Moraes Rosa - conviveu com Longo durante sua infância e adolescência;
Débora Cristina Vissotro Spinola Oliveira - farmacêutica;
Talita Cristina Galdeano - atendente de farmácia;
Adriana Jorge de Souza - educadora;
Rui Augusto Hudari Gonçalves de Souza - médico que cuidava de Joaquim;
João Augusto Brandrão – policial militar;
Ricardo Boutelet Ferreira – policial militar;
José Luis Pazeto – policial militar;
Alexandre Ramos – policial militar;
Ataíde Andrade dos Santos - bombeiro;
Adailton José Pereira da Silva - investigador de polícia.

Testemunhas de acusação e de defesa:

Natália Fernanda de Gaetani – professora do Joaquim;
Carlos Alberto de Túlio - investigador de Polícia;
Karina Raymo Longo - irmã de Guilherme;
Roseli Scapa - médica que cuidava de Joaquim.

O caso

Longo está preso desde 10 de novembro, data em que teve a prisão temporária decretada e quando Joaquim foi encontrado morto. Ele ficou detido na Delegacia Seccional de Barretos (SP) até 6 de janeiro, quando foi transferido - já com a prisão preventiva em curso - para a Penitenciária II, em Tremembé (SP). Nesta semana, o Supremo tribunal Federal (STF) negou a quinta tentativa da defesa de libertar Guilherme.

Já Natália, beneficiada por um habeas corpus, está em liberdade provisória desde 10 de janeiro, quando deixou a Penitenciária I, também em Tremembé, onde chegou a ficar presa por 31 dias.

Fonte: g1.globo.com
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