89% dos brasileiros são favoráveis ao Exame de Ordem, diz pesquisa do Datafolha

http://goo.gl/sakoCG | Uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha aponta que 89% dos brasileiros são favoráveis ao Exame de Ordem para habilitação profissional como advogado. Contratado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o levantamento ouviu 2.125, que responderam à seguinte pergunta: “Para que um formado em direito possa ser advogado, é preciso que ele passe por uma prova. Somente se aprovado ele pode exercer a profissão. Você é a favor ou contra este tipo de exame?”.

Do total de entrevistados, 9% afirmou não concordar com o exame, e 3% declarou não ter opinião sobre o assunto. Entre os que declararam ter alguma preferência partidária, os simpatizantes do PMDB são os que mais defendem o Exame da OAB: 93% deles apoiam a prova. Em seguida, vêm os partidários do PSDB (92% de aprovação) e do PT (88% de aprovação).

A maciça aprovação da medida pelos partidários do PMDB contraria a posição de um dos principais líderes da agremiação, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, em 2013, apresentou à Casa um projeto que previa a extinção do Exame de Ordem. Além de se mostrarem favoráveis ao exame da OAB, 94% dos consultados também declarou ser favorável a adoção de exames para que médicos e engenheiros possam exercer suas profissões.

O presidente do Conselho Federal da OAB Marcus Vinicius Furtado Coêlho comemorou o resultado da pesquisa. De acordo com ele, ao exigir um exame para o exercício da advocacia, a entidade segue uma prática aplicada pela Administração Pública para garantir a qualidade dos profissionais. “A constituição da República, ao assegurar a liberdade de exercício profissional, é taxativa ao prever que a lei pode exigir a demonstração de qualificação técnica mínima. Busca-se evitar que profissionais possam gerar prejuízo irreparável a terceiros. Os bens, os direitos e a liberdade das pessoas devem ser defendidos por quem tem um mínimo de conhecimento jurídico”, argumentou o mandatário da entidade.

Fonte: ConJur
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