A idosa afirmava que somente quando todos os seis filhos estivessem formados, ela faria um curso universitário. Ingressando em Enfermagem, Marinha concluiu a graduação em junho deste ano. Faltando menos de um mês para a cerimônia de entrega do diploma, ela foi internada em um hospital do Distrito Federal.
"No hospital ela falava o tempo todo da colação. Ela dizia que quando colocasse a mão no canudo com o diploma seria uma alegria, um sonho realizado", contou Adalgisa da Silva, de 49 anos, filha de Marinha, ao G1. De acordo com Adalgisa, a mãe não deixava nenhum detalhe da festividade de lado, pedindo que uma irmã tirasse as medidas da beca e sua neta buscasse os convites para a festa. A mulher passou por cirurgia e colocou um marca-passo, mas veio a óbito em 20 de julho.
Para a colação de grau, a filha caçula de Marinha, que se formou na mesma área que a mãe, ficou com a incumbência de receber o diploma. Foi dela a ideia de enterrar a mãe de beca e com o canudo: "Quando vi que ela estava muito grave, pedi que minha tia fizesse a beca com as medidas que já tinha da minha mãe e contei ao meu pai a ideia". A proposta foi apoiada por toda a família.
Marinha era casada e, deixou além dos seis filhos, 22 netos.
Fonte: G1