Advogada denuncia que desembargador abusava de neta; ele nega 'com veemência'

goo.gl/Hszke7 | A advogada Luciana Pires acusou, nesta quarta-feira (21), em sua conta no Facebook, o desembargador aposentado do Tribunal de justiça do Amazonas (TJAM), Rafael Romano, de abusar sexualmente da própria neta, a filha dela, atualmente com 15 anos, desde quando a menina tinha sete anos de idade. O advogado de Romano diz que o cliente nega com veemência as acusações.

Na postagem em rede social, Luciana chama Romano de ‘monstro’ e ‘pedófilo’. Ela escreveu: “Sim meus amigos o avô, o desembargador aposentado Rafael de Araújo Romano molestava a própria neta! Um monstro q se dizia honrado, honesto, defensor das crianças, é um pedófilo desgraçado, um monstro q precisa ser tirado da sociedade”.

O advogado do desembargador aposentado Rafael Romano, José Carlos Cavalcanti, disse que o cliente nega com veemência as acusações da ex-nora. “A família foi colhida de uma surpresa abominável de uma ex-nora que, até ontem, o sogro querido dela era o 'doutor Rafael'. A moça, a neta dele, nunca teve atitude de repulsa, de angústia ou desespero estando perto do avô. Então para o doutor Rafael e para toda a família foi uma terrível surpresa este tipo de acusação no momento em que esta moça e o filho, que já estão separados de fato, resolvem, por força do desejo do filho de Rafael, um divórcio. Então a família não entende porque isto está acontecendo. O Rafael nega com veemência esta acusação”, afirmou.

Ainda segundo o advogado, o pior de toda a situação é a exposição da adolescente. "Na opinião da família e do doutor Rafael, o pior, de toda esta discussão, é a exposição em relação à neta dele", disse.

Segundo Cavalcanti, Romano esteve recentemente em Fortaleza, onde reside a ex-nora com a neta. “Ela já reside em Fortaleza há seis anos, ele (Romano) esteve em Fortaleza no aniversário dele, a neta o recebeu fez os parabéns, comprou pizza para receber o avô e a avó. Não tem nenhuma condição desta situação ser verdadeira”, afirmou o advogado.

Na manhã de hoje, a adolescente esteve, acompanhada da mãe, no Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e detalhou os abusos. Em um trecho, a adolescente afirmou que tomou coragem de relatar os fatos após ter recebido os avós paternos no período próximo ao Carnaval em Fortaleza e disse aos avós ter que dormir cedo porque teria uma prova no dia seguinte para evitar ficar a sós com eles. Diante da situação, a adolescente lembrou que tem uma prima de oito anos que frequenta a casa dos avós e que poderia estar sendo abusada pelo avô.

“A declarante tomou coragem e contou a sua genitora tudo que o que havia passado na sua infância, relatando que havia sido abusada sexualmente pelo avô, tanto na casa dele, quanto na casa em que mora em Fortaleza; que, questionada, disse à sua mãe que não contou antes porque tinha medo, pois sabia que seu avô era desembargador e que não sabia o que poderia acontecer com a família”, narra no termo de declaração que fez ao MP-AM, na presença do assessor jurídico Francisco Lázaro de Morais Campos.

Romano já foi juiz do Juizado Cível da Infância e da Juventude, em Manaus, e foi o relator de processos na Justiça do Estado em que o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, foi condenado por crimes de pedofilia. Foi ele quem decretou a prisão de Adail Pinheiro, em 2014.

Confira a postagem da advogada:

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Por Álisson Castro
Fonte: d24am.com
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