Influenciadora que fez ofensas racistas contra filha de Bruno Gagliasso e Gio Ewbank é condenada pela Justiça

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Via @terrabrasil | A Justiça condenou Dayane Alcantara Couto de Andrade, conhecida como Day McCarthy, a pagar R$ 180 mil por danos morais para a família de Bruno Gagliasso e por ter feito ofensas racistas contra a filha do casal, Chissomo Ewbank Gagliasso, a Titi. 

O valor estipulado poderá ser ainda maior após a correção monetária, superando a quantia de R$ 500 mil, segundo informações do advogado representante da família ao jornal O Globo.

Após a decisão, Day McCarthy publicou um storie em que ironizou a decisão da Justiça: "condenada na esfera cível não tenho nada a dizer, pois eu mandei até o juiz se f****, pois eu não devo nada a você", afirmou. 

As ofensas ocorreram em 2017,quando Day McCarthy, que afirma ser uma "socialite", usou as redes sociais para chamar Titi de "macaca" com "cabelo horrível, de bico de palha" e "nariz de preto". Os atores acionaram a Justiça cível e criminal após o crime.

Ao O Globo, o advogado da família Ewbank Gagliasso, Alexandre Celano, expressou sua satisfação com o veredito, enfatizando que, embora as marcas das ações racistas jamais possam ser apagadas completamente, a condenação serve como um importante marco para a conscientização da sociedade

"Nada apagará as marcas das atrocidades racistas cometidas pela ré, uma vez que os registros dos fatos continuarão disponíveis no ambiente virtual, que é público. Por outro lado, há o alento de que a condenação em compensar os danos morais sofridos, cujo valor atualizado supera a quantia de meio milhão de reais (...) terá amplo efeito pedagógico na sociedade, de extrema relevância, pois diariamente assistimos à população preta sofrer as consequências do racismo infelizmente ainda arraigado em muitos", afirmou Celano.

O processo criminal continua em andamento, com o advogado reafirmando a determinação em buscar a condenação por crime de racismo, cuja pena pode chegar a até 5 anos de prisão.

Na decisão do processo civil, o juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, da 32ª Vara Cível da Capital, destacou a gravidade dos atos cometidos pela ré, classificando as postagens como "absolutamente abomináveis". O magistrado optou por não reproduzir o conteúdo ofensivo para evitar mais sofrimento às vítimas, ressaltando que tais práticas criminosas são inaceitáveis em uma sociedade moderna.

O juiz também argumentou que as ações de McCarthy não apenas refletem um racismo estrutural enraizado, mas também demonstram uma agressão deliberada e covarde a uma criança indefesa. 

O magistrado ainda enfatizou o papel de Day McCarthy como influenciadora digital, apontando que suas ações não só perpetuam o racismo, mas também incentivam tal comportamento, aumentando a gravidade de sua conduta.

Apesar das tentativas de contato com a acusada, Day McCarthy não foi localizada pela Justiça, sendo citada por edital no processo. Até o momento, sua defesa não se pronunciou sobre o assunto.

O episódio de agressão racial contra Titi, que tinha apenas 4 anos na época, causou uma onda de indignação nas redes sociais. Giovanna Ewbank, mãe da criança, reagiu publicamente às ofensas na época, reforçando que o racismo é crime e que as medidas legais cabíveis estavam sendo tomadas.

Fonte: terra.com.br

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