Por meio de nota, a defesa dele disse não poder comentar o caso por estar sob sigilo.
Em agosto do ano passado, uma operação conjunta do Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e da Polícia Militar (PM) apreendeu R$ 1,7 milhão escondidos no sótão da casa do magistrado em Jundiaí, no interior de São Paulo.
O envolvimento do juiz com venda de decisões judiciais surgiu durante uma investigação conduzida pela Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Um banco alertou os investigadores de que golpistas tinham apresentado na agência uma falsa procuração para sacar dinheiro de uma idosa.
O caso chegou à Corregedoria do TJ, que verificou um total de três execuções judiciais fraudulentas. A apuração disciplinar revelou a participação do juiz, que foi afastado.
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Operação do Ministério Público de SP em agosto do ano passado encontrou R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo na casa do juiz em Jundiaí, no interior de SP. — Foto: Reprodução/TV Globo |
A aposentadoria compulsória de um juiz é a pena mais grave que pode ser aplicada a um magistrado. Mesmo estando afastado do cargo desde o ano passado, em razão das investigações do caso, o juiz continuava recebendo salário do TJ-SP.
O último salário líquido dele, no mês de abril, foi de R$ 143 mil, segundo o site de transparência do tribunal.
Daqui para frente, Peter receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço no estado.
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Salário do mês de abril do juiz Peter Eckschmiedt, aposentado compulsoriamente pelo TJ-SP. — Foto: Reprodução/TJ-SP |
O que diz a defesa do juiz
Por meio de nota, o advogado Paulo Herschander, que defende do juiz Peter Eckschmiedt disse que não poder comentar o caso.
“Não posso tratar sobre esse processo, já que está sob sigilo de justiça. O órgão especial do TJ inclusive renovou a decisão de sigilo dos autos”, afirmou.
Por Bruno Tavares, Rodrigo Rodrigues, TV Globo e g1 SP — São Paulo
Fonte: g1