Renê passou por audiência de custódia nessa quarta-feira (13/8), dias após ser preso pela morte a tiros do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte (MG).
Ao iniciar a sessão, o magistrado afirmou que a vítima estava “prestando um serviço público essencial para toda a sociedade de Belo Horizonte”. “Aí, chega um cidadão, a princípio armado, motivado por uma briga de trânsito, querendo passar pela localidade de forma desequilibrada e violenta”, disse.
O juiz destacou o comportamento de Renê após o crime. “Ao que tudo indica, ele foi para a academia… Quer dizer, comete um crime grave e, em seguida, vai treinar numa academia? Essa situação exige uma apuração profunda da personalidade do agente”, afirmou.
A defesa do empresário ressaltou que ele é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa. Além disso, pediu que o caso fosse mantido em sigilo, o que foi negado. O juiz também ressaltou que há provas contundentes para manter a prisão preventiva.
Ainda na audiência, Renê negou o crime, afirmou ter ido para o trabalho, passeado com o cachorro e seguido para a academia, onde foi preso. Ele ainda alegou que as testemunhas o confundiram com outra pessoa.
Entenda o caso:
• O crime foi cometido na manhã dessa segunda-feira (11/8), enquanto a vítima trabalhava na coleta de lixo no bairro Vista Alegre.
• Testemunhas relataram à polícia que Laudemir e outros garis recolhiam resíduos quando o empresário passou de carro.
• Renê pediu que o caminhão fosse retirado da via para que pudesse passar com seu veículo elétrico.
• Após breve discussão com a motorista do caminhão, ele desceu do carro e efetuou disparos.
• Laudemir foi atingido na região da costela. Renê entrou no veículo e fugiu.
• A vítima chegou a ser socorrida e levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
• A causa da morte foi hemorragia interna provocada pelo projétil, que ficou alojado no corpo.
• A prisão do empresário aconteceu horas depois, em uma academia de luxo no bairro Estoril, durante ação conjunta das polícias Civil e Militar.
• Renê foi levado para o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura o crime.
• O empresário passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (13/8) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) detalhou que Renê continuará preso até pelo menos o desfecho da investigação.
Por Larice de Paula
Fonte: metropoles.com