Mãe de menino agredido em vídeo de condomínio irá à Justiça: “Inadmissível”

goo.gl/ni8PXmDe | Feira de Santana, na Bahia, a mãe do menino agredido pelos pais de outra criança em uma quadra de esportes de um condomínio da Octogonal, a servidora pública Jucimara Nascimento, 38, sofre. Na terça-feira (11/12), dois dias após o episódio gravado por câmeras de segurança do residencial, ela chorou a noite toda. Já viu as imagens muitas vezes e se revolta. Veja no final da matéria o vídeo da agressão.

“O que ocorreu é inadmissível. O seguraram com as mãos para trás. Meu filho não teve nem o direito de se defender do murro que levou [da outra criança]. No que depender de mim, isso vai para frente na Justiça dos homens. Na de Deus, eu já botei nas mãos Dele”, afirmou Jucimara, por telefone, ao Metrópoles.

Jucimara conta que ainda está muito abalada. “O que eu estou passando não queria que mãe nenhuma passasse. Ver seu filho ser agredido sem direito de defesa. Queria estar no lugar dele naquela hora”, afirmou. Ela também ressaltou que está recebendo a solidariedade de muitas pessoas. “Até de quem não conheço”, disse.

O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Segundo a unidade especializada da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os pais acusados da agressão –identificados como Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos – vão responder, a princípio, por lesão corporal, cuja pena inicial prevista é de três meses a um ano, podendo ser aumentada em razão da idade da vítima – 6 anos.

Há ainda a possibilidade de serem indiciados por ameaça e por terem submetido o próprio filho a constrangimento, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Eles serão intimados a depor nas próximas semanas.

“As imagens são inquestionáveis e inequívocas quanto à ação do pai e da mãe da outra criança durante as agressões à vítima. O vídeo é bem claro e mostra toda a agressão. Vamos ouvir todos os envolvidos e depois decidir pelo indiciamento”, disse a delegada adjunta da DPCA, Patrícia Bozolan.

No inquérito, a PCDF vai investigar, também, denúncias de moradores do condomínio de que os pais agressores teriam ameaçado a vítima anteriormente. Procurados por telefone e na casa onde estavam hospedados, os suspeitos não foram localizados nesta quinta. Alexandre não atendeu às ligações e Danielle desligou, assim que a reportagem se identificou.

O garoto que foi agredido passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Uma conselheira tutelar do Sudoeste esteve na manhã desta quinta (13) na casa da tia do menino, e disse que as duas crianças são vítimas. O caso, ocorrido no domingo (9), será encaminhado ao Ministério Público.

O garoto alvo das agressões veio a Brasília passar uma semana de férias na casa da tia, a também servidora pública Jucinea Nascimento, 43. Na capital do país, durante jogo de futebol na quadra do residencial com os amiguinhos, tornou-se vítima do episódio revoltante.

Ao descobrir que seu sobrinho havia apanhado, ela imediatamente procurou os agressores, que estavam em visita na quadra, hospedados na casa dos pais. No entanto, foi recebida com hostilidade. “Da janela, começaram a gritar que eu não tinha dado educação para meu sobrinho”, recorda-se, nesta quinta (12).

Nas imagens do circuito de segurança, os pais seguraram o menino para que ele fosse agredido pelo filho. Não satisfeita, segundo as imagens do circuito de segurança interno do condomínio, a mãe empurra a vítima. “Na hora, só queria ir embora“, disse o pequeno, de apenas 6 anos, à reportagem, na manhã desta quinta-feira (13).

A equipe do Metrópoles foi à casa de Jucinea Nascimento, onde o menino está hospedado. Chegou ao local por volta das 10h. Sentado à mesa, ao lado dela, o garoto tímido confirmou que a mãe do outro coleguinha o empurrou. Os agressores não foram localizados nesta quinta.



Luisa Guimarães
Fonte: www.metropoles.com

4/Comentários

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  1. Nada justifica o que esses covardes fizeram porém também acho inadmissível uma criança de apenas 6 anos brincar sozinha sem a supervisão de um responsável. Jamais deixei meus filhos nessa idade brincando sozinhos, exatamente por que nunca confiei nas outras pessoas.

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  2. Processa na área civil tambem. O bolso e o que doi mais

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  3. Olha, eu não sou nenhum superhomem mas se é um filho ou neto meu nessa hora, eu ia pra cima desses covardes, fdp;ou eu arrebentaria eles ou eles me arrebentariam. Raça miserável, vermes!

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