Aécio Neves é absolvido de acusação de receber R$ 2 milhões em propina da J&F

Via @portalg1 | O deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi absolvido pela Justiça Federal de São Paulo da acusação de ter recebido R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista, da J&F. A decisão é desta quinta-feira (10).

Andrea Neves, irmã de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, primo do deputado, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima também foram absolvidos.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre fevereiro e maio de 2017, quando Aécio Neves era senador, ele e Andrea Neves solicitaram R$ 2 milhões a Joesley Batista. Em troca, o político atuaria em favor da JBS no Congresso Nacional.

De acordo com o MPF, o montante foi pago em quatro parcelas de R$ 500 mil e recebidos por Frederico Pacheco e Mendherson Lima.

No entanto, o juiz da 7ª Vara Criminal de São Paulo, Ali Mazloum, considerou que "a denúncia é improcedente" e que "está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR".

Para o magistrado, não há provas de que Aécio tenha prometido usar o cargo para beneficiar a J&F em troca de propina.

"Ao contrário do que diz a denúncia, no sentido de que havia um histórico de propina entre eles (verdade fosse, certamente haveria outras denúncias a respeito), o que realmente existia - demonstrou a instrução criminal - era um histórico de negócios lícitos", diz um trecho da decisão.

Em nota, a defesa de Aécio afirmou que "depois de cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no país".

O g1 Minas também entrou em contato com o MPF e aguarda retorno.

Relembre

Aécio Neves foi gravado por Joesley Batista acertando o pagamento de R$ 2 milhões (ouça aqui). A gravação foi entregue pelo empresário ao MPF no acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

Em um dos trechos da conversa, quando eles falam sobre quem receberia e entregaria o dinheiro, o deputado diz: "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação".

Um vídeo mostra o executivo da J&F, Ricardo Saud, entregando dinheiro a Frederico Pacheco, primo de Aécio Neves.

Em setembro de 2017, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram o afastamento do mandato e o recolhimento noturno de Aécio, então senador, em casa.

No mês seguinte, o Senado derrubou a decisão, e Aécio pôde retomar as atividades parlamentares.

Fonte: g1

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