Juiz federal Sérgio Moro abre nova ação contra Marcelo Odebrecht e Vaccari Neto

goo.gl/uprk4G | O juiz federal que conduz a Operação Lava-Jato na primeira instância, Sérgio Moro, recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) abrindo processo criminal contra Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o marqueteiro das campanhas presidenciais do PT, João Santana, e outras nove pessoas por indícios de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Trata-se da investigação que resultou na apreensão de planilhas no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht — espécie de estrutura administrativa e financeira elaborada para viabilizar pagamentos de propinas, segundo o MPF.

De acordo com a Lava-Jato, de 24/10/2014 a 22/05/2015, 45 entregas de dinheiro em espécie, no total de R$ 23.5 milhões, foram feitas pelo Grupo Odebrecht a João Santana e para a mulher dele, Monica Moura, identificados nos documentos apreendidos pelo codinome “Feira”. “Como consta na planilha, os pagamentos teriam sido especificamente ordenados por Marcelo Bahia Odebrecht ao Setor de Operações Estruturadas”, afirmou o juiz Sergio Moro no despacho em que determinou abertura de ação penal contra os investigados.

O magistrado destaca o depoimento da ex-secretária da Odebrecht, Maria Lúcia Tavares, que fez delação premiada. Ela “descreveu o funcionamento do Setor de Operações Estruturadas, além de documentos que suportam as afirmações e, inclusive, por parte de alguns dos acusados, mesmo sem acordos de colaboração, a admissão da existência das transações, com, porém, a apresentação de justificativas controvertidas”, afirmou o juiz.

Também passaram à condição de formalmente acusados pelos crimes Ângela Palmeira Ferreira, Fernando Migliacci da Silva, Hilberto Mascarenhas, Isaías Santos, Luiz Eduardo Rocha Soares, Marcelo Rodrigues e Olívio Rodrigues Júnior — todos ex-funcionários do grupo empresarial.

Ontem, o MPF também ofereceu denúncia por crimes de corrupção e lavagem contra o ex-presidente e ex-funcionários da Sete Brasil, empresa criada em 2010 para viabilizar a construção de sondas para o pré-sal e que teria sido usada para ampliar o esquema de corrupção instalado na Petrobras, segundo o MPF.

Por André Guilherme Vieira
Fonte: valor

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