Empresa de ônibus cobra indenização da família de idosa morta em atropelamento

goo.gl/Tlpo98 | Três meses depois da idosa Maria do Carmo Rocha Feijó, de 65 anos, morrer ao ser atropelada por um ônibus dentro do terminal da Parangaba, em Fortaleza, a empresa de transporte público Vega entrou com um processo contra a família dela. De acordo com o filho da idosa, a empresa cobra o pagamento dos prejuízos causados ao veículo e com o tempo que o ônibus ficou parado para manutenção.

Em um vídeo publicado em seu perfil pessoal, o filho da mulher, Fábio Feijó, denunciou o caso. Segundo ele, ninguém entrou na Justiça contra a empresa.

“A empresa de ônibus entrou com uma ação contra a gente pedindo o pagamento dos dias em que o ônibus ficou parado e com os danos. A empresa mandou uma pessoa, mas passou cerca de cinco minutos e foi mesmo pra dizer que a culpa não era dela. Nós não entramos em nenhuma ação contra a empresa, não queríamos estender essa dor. Então fica esse relato e a reflexão pra saber se isso realmente é justo”, falou Fábio durante o vídeo, que já possui mais de 4 mil visualizações.

Segundo o parente da vítima, o valor cobrado pela empresa seria em torno de R$ 3 mil.

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou que desconhece o fato de a Vega estar processando a família da vítima. Em relação a sinalização para pedestres dentro do terminal, a Etufor informou que todo o local está sinalizado conforme o determinado pela legislação.

O Tribuna do Ceará entrou em contato com a empresa Vega na manhã desta segunda-feira (27), e foi informado que a empresa não irá se pronunciar sobre o caso.

Relembre o caso

No dia 1º de março, o vídeo que flagra um atropelamento de Maria do Carmo repercutiu nas redes sociais. A pedestre chegou a ser socorrida e encaminhada em estado grave para o hospital, mas após dez dias internadas ela não sobreviveu.

Na época, a empresa Vega informou por meio de nota que a idosa tentava realizar uma travessia entre as plataformas do terminal fora da faixa de pedestre. Além disso, o motorista estava na velocidade permitida para dentro do terminal, trafegando com menos de 20 km. Ele ainda teria tentado frear, mas não evitou o acidente.

“O condutor é capacitado na sua função, tendo realizado diversos treinamentos oferecidos pela empresa, tais como Comportamento e Atitudes Eficazes no Trânsito (Direção Defensiva), Qualificação para Atendimento ao Idoso, Manutenção de Elevadores, Relações Humanas e Trabalho em Equipe, etc. A Vega está tomando todas às providências cabíveis e necessárias para atender a todos os envolvidos no lamentável acidente. A empresa disponibilizou todos os recursos para que os familiares recebessem os devidos cuidados”, informou por nota.

Fonte: tribunadoceara

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